terça-feira, 27 de setembro de 2011

Recado de Jesus para mim - Borboleta

A borboleta voa.
Apenas voa. Pousa, fica por ali, e depois voa.
Sem se apegar a nada nem a ninguém. A sua única preocupação é tornar a floresta mais bonita.
Leva tudo e todos no seu coração de borboleta. Mas é só.
Não depende deles.
Não depende do seu amor nem da sua presença.
Só ama. Ama e voa. Ama e voa.
Sê como a borboleta.
Não te apegues a nada nem a ninguém.
Guarda tudo no teu coração.
Ama e voa. E torna a floresta mais bonita.
Jesus, in Alexandra Solnado

Reflexão - Apego

Se você se apegar ao dinheiro, vai se tornar escravo dele e terá medo de perdê-lo.
Se tiver apego pelo corpo carnal, você se transformará em escravo dele e receará perdê-lo.
Medos e receios surgem quando se tem apego a algo. O medo de conquistar a liberdade consiste em eliminar o apego.

Do livro "A Verdade", vol.8, Masaharu Taniguchi

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Para pensar - "programas educativos"

Formar os alunos, desenvolver sua personalidade, fazê-los conscientes de suas ações e das consequências que acarretam, conseguir que aprendam a conhecer melhor a si mesmos e às demais pessoas, fomentar a cooperação, a autoconfiança e a confiança em suas companheiras e seus companheiros, com base no conhecimento da forma de agir de cada pessoa, e beneficiar-se das consequências que estes conhecimentos lhes proporcionam. A realização desses objetivos leva a formas de convivência mais satisfatórias e à melhoria da qualidade de vida das pessoas, qualidade de vida que não se baseia no consumo, e sim em gerir adequadamente os recursos mentais... intelectuais e emocionais - para alcançar uma convivência humana muito mais satisfatória (Sastre e Moreno in Araújo e Puig, 2007).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mensagem Cristã - Alimentar da Palavra (O Verbo)


O Senhor diz a Samuel: "Vai e volta a deitar-te. Se fores chamado outra vez, responde: Fala, Senhor, o teu servo escuta". Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: "Samuel, Samuel!" E Samuel respondeu: "Fala, o teu servo escuta!"
"Diz-nos o texto que Samuel ainda não conhecia o Senhor; e nós,conhecemo-lo? Samuel sente-se chamado, mas reage equivocadamente, pensando que é Eli que o está a interpelar. (...)O Senhor não deixa de comunicar-nos, mas é preciso PEDAGOGIA ESPIRITUAL que nos ajude a fazer voltar para Ele os nossos sentidos interiores. "Voltar-se para o Senhor" é o sentido literal da palavra conversão, essa oportunidade real de viragem que Deus nos oferece.
(...) "Quando o homem, apesar de frágil e pecador, se abre sinceramente ao encontro com Cristo, começa uma transformação radical: 'A todos os que o receberam, (...)deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus' (Jo 1,12)".
Receber o Verbo significa deixar-se plasmar por Ele, para se tornar, pelo poder do Espírito Santo, conforme a Cristo, ao 'Filho Único que vem do Pai'(Jo 1,14). É o início de uma nova criação: nasce a criatura nova - o Filho de Deus Perfeito (Folha informativa da paróquia de S.José de Ribamar, Numero 26).

Para pensar: "A felicidade é dukkha"

Buda ensinou que até mesmo a felicidade é dukkha - palavra páli que significa "sofrimento" ou "insatisfação". É inseparável do seu oposto. Significa isso que a sua felicidade e infelicidade são de facto uma só. Apenas a ilusão do tempo as separa.
Toda a indústria publicitária e a sociedade de consumo ruiriam se as pessoas se tornassem iluminadas e deixassem de procurar encontrara as suas personalidades através das coisas. Quanto mais você procurar a felicidade dessa maneira, mais ela lhe fugirá. Nada do que existe no exterior lhe poderá dar satisfação, excepto temporária e superficialmente, mas você poderá ter muitas desilusões antes de compreender essa verdade. As coisas e as condições poderão dar-lhe prazer, mas também lhe poderão provocar dor. As coisas e as condições poderão dar-lhe prazer, mas não poderão dar-lhe alegria. Nada lhe poderá dar alegria. A alegria não tem causa e nasce no interior, sob a forma da alegria do Ser. É parte essencial do estado interior de paz, o estado a que se chama a paz de Deus. É o seu estado natural, não é uma coisa pela qual você tenha de lutar ou trabalhar muito (Tolle, Eckhart, 2008).

Uma ajuda importante para acabar com a prisão das emoções


Todas as experiências que construímos na inteligência são registadas automática e involuntariamente pelo fenómeno RAM (Registo Automático da Memória) que prefere registar as experiências com maior carga emocional.
Quanto mais produzimos experiências que envolvam emoções, mais elas serão registadas privilegiadamente e mais ficarão disponíveis para serem lidas e para participar das reações,pensamentos,sentimentos, maneira de ser, visão da vida que temos no presente e que teremos no futuro (Cury, Augusto,2009:133,134 em Liberte-se da prisão das emoções).

sábado, 30 de julho de 2011

Oração do Perdão

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham a minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.
A partir deste momento, eu perdoo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias.
Perdoo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequadas. Reconheço, que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo(a) e descarregassem sobre mim seu mau caráter. Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos, iniciei agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente, queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente. Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir, do nível humano comum ao nível espiritualizado em que estou agora.
Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela Lei da Causa e Efeito, nesta vida ou em futuras. Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um de me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Fazer uma pausa, respirar profundamente algumas vezes (para acúmulo de energia).
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei. Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com a minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam, que este contato foi estabelecido.
Agora dirijo uma mensagem de Fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com decisão e amor.
Agradeço de todo coração, a todas as pessoas que ajudam e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalizador do entusiasmo, da prosperidade e autorealização. Tudo farei em harmonia com as Leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.
                          Assim seja, assim é e assim será!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tese de Mestrado

A minha tese de mestrado já foi colocada no repositório do ISCTE para consulta e download.
Basta clicarem aqui.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Que tempos são estes? Modelo de Escola do Séc.XIX; Professores do Séc. XX e Alunos do Séc. XXI

A escola começou com apenas alguns alunos ao redor de um professor, sem quadro-negro, sem livros: um professor e um pequeno grupo de alunos. Ao longo dos séculos, essa estrutura evoluiu, sem jamais deixar de estar centrada no professor.
No séc. XXI, o professor continua a ser o centro do processo pedagógico, mas de uma forma diferente, longe daquele tutor rodeado de cinco ou seis alunos, o professor passa a ser o maestro, o arquiteto, o engenheiro, o artista, o psicólogo, o assistente social, o alquimista... de um espectáculo composto por alunos em número variado oriundos de famílias multiculturais com expectativas diferentes perante a escola.
Essa mutação demorou, mas em nenhum momento histórico ocorreu com tanta rapidez e força quanto nos últimos anos.
Desde a primeira grande invenção revolucionária do processo educacional: o quadro-negro que permitiu ampliar o número de alunos para algumas dezenas, nos últimos vinte anos o professor começa a ter que enfrentar o "desafio tecnológico", inventando um novo profissional, que não se "encaixa" ao tipo anterior mas que continua a ser o centro do processo pedagógico.
Por isso, o mais importante da educação contemporânea é formar o professor. Mais até: "inventar" um novo tipo de profissional. Missão impossível?! Impossível, mesmo se não houver mudanças atitudinais em toda a concepção do ato de educar que passa desde a formação profissional contínua, dos critérios de valorização profissional, da dignidade e respeito.

"Ensinar é um exercício de imortalidade. Dalguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo através da magia da nossa palavra. Deste modo o professor nunca morre... " (Rubem Alves, 1996)

É emocionante ensinar a ler, a escrever, a pensar. É mais emocionante ainda ajudar a conviver, a relacionar-se, a ser feliz. O professor vive emocionalmente situações muito complexas. Inicia o ano com novos alunos. Conhece-os. Tenta ajudá-los e estimá-los. Mas, ao terminar o ano, eles vão-se-lhe embora. E chegam novos alunos... É um vaivém emocional complicado. Por outro lado, o professor vai envelhecendo em cada ano que passa, enquanto os seus alunos continuam a ter sempre a mesma idade. Chega a produzir-se um abismo de gerações que alguns não conseguem ultrapassar ou assumir. Há quem se infantilize e há quem se distancie tanto que o diálogo se torna impossível. (...) Como viver a prática, de forma a que a experiência que nos vai conferindo, apenas e automaticamente, anos de trabalho, nos dê também sabedoria e amor? (Santos Guerra, 2006:70).
                                                                                                                              

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Necessidades intrínsecas do ser humano

Necessidade de sermos nós próprios: necessidade de sentir o respeito devido a qualquer pessoa, necessidade de afirmação pessoal, necessidade de pensar, sentir e agir por nós mesmos.
Necessidade de nos realizarmos: as pessoas têm necessidade de crescer psicologicamente, de se desenvolver em todas as suas facetas (intelectual, afectiva, volitiva...).
Necessidade de amar: o ser humano tem necessidade de projectar o seu afecto, de ser generoso, de se dar a outras pessoas para se sentir realizado.
Necessidade de ser estimado: todos necessitamos de ser estimados, considerados, apreciados, valorizados, tidos em conta.
Necessidade de segurança: segurança em relação a si mesmo, a ponto de se considerar suficientemente importante, e necessidade de sentir a confiança dos outros.
Necessidade de comunicação: o ser humano tem necessidade de estar em contacto com os outros, de se ver reflectido neles (e sem isto, o eu não existe), de se relacionar com os outros.
Necessidade de ser livre: libertação de tipo externo (face às coacções e manipulações) e liberdade de tipo interno (face a escravidões psicológicas).
Necessidade de ser fecundo: não existe apenas a fecundidade biológica, mas também a fecundidade intelectual, afectiva, social, espiritual...
Necessidade de valer por si mesmo: trata-se de uma necessidade que não depende do conhecimento que se tem ou do dinheiro que se possui, mas do valor intrínseco da pessoa.
Necessidade de valer para alguém: necessitamos de nos sentir importantes e necessários para as outras pessoas.
Quando as "leis" não se cumprem, surge a desordem. Podemos suprir, sublimar ou ignorar as necessidades. Porém, quando elas não são satisfeitas, acabamos por pagar um elevado preço por isso.
                                                                                         (Santos Guerra, 2006:42)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"alfabetização emocional", Coleman

Falar da educação sentimental significa a existência de um projecto, de uma planificação intencional, que pretende atingir determinados fins através de determinadas estratégias.
O âmago desta tarefa é a escola. Não só a escola, evidentemente. Mas dizer que a educação sentimental apenas ocorre no âmbito familiar significa deixar ao abandono e sem ajuda precisamente os filhos das famílias mais desfavorecidas, mais desestruturadas, menos conscientes (Santos Guerra, pág. 41) da importância desta tarefa fundamental para a vida de um ser humano em formação.
Todos nós temos uma série de necessidades que devem ser satisfeitas. Caso contrário, surgem estados conflituosos de frustração, ansiedade, agressividade... (tão "comum" nos dias de hoje nas nossas escolas). A necessidade supõe uma carência, uma falta de "algo", e gera um impulso que nos faz tender para a sua satisfação. Estas necessidades quando são ignoradas, a pessoa pode agir como se elas não existissem, mas não é por isso que elas são suprimidas ou eliminadas. Neste caso, surge o mal-estar, a imaturidade, o conflito.
Há quem pense que as necessidades psicológicas não têm a mesma consistência que as necessidades biológicas de alimento, habitação ou saciar a sede. Mas não é assim. Quando não satisfazemos as necessidades psicológicas, pagamos um elevado preço por isso. Com a frustração, a amargura, a "morte psicológica".

Educação sentimental

O currículo oculto da escola anda ligado a numerosos sub-reptícios e omnímodos efeitos acerca da nossa aprendizagem da convivência. Há que reflectir profundamente sobre esses efeitos. Dá o que pensar o subtítulo do livro de Ross e Watkinson sobre a violência escolar (1999) é muito significativo: Do Mal que as Escolas Causam às Crianças.
Não é necessário ser um especialista em psicologia para evitar profecias de insucesso garantido, para ajudar os alunos a exprimir-se, para lhes exigir respeito mútuo, para lhes facilitar a expressão pública das suas ideias e sentimentos, para os felicitar pelo que fazem bem feito, para lhes dedicar afecto...
A educação sentimental inclui a esfera das emoções, das atitudes, das motivações, do autoconceito e da auto-estima (Santos Guerra, pág. 39).
O que se pretende com a educação sentimental? Em última instância, que os indivíduos alcancem a felicidade mediante o seu desenvolvimento integral, a aceitação de si próprios e uma boa relação com os outros... (Ibidem, pág. 41).

para pensar

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensão e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
                                                                             Fernando Pessoa