quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Tanto para dizer...

São tantas as ditas e desditas,
postulações e contradições,
bom senso e contra senso, 
falas e falácias,
transparências e hipocrisias...

Os dizeres da boca divorciados dos sentimentos da alma,
O sorriso rasgado sob a máscara das aparências:
inócuo, vazio da natureza pura.

Presenças ausentes,
Sentimentos lacrados a sete chaves no coração que apela por ser desvendado.
Amores carentes
que por tanto terem, fogem...

Viver a dualidade em tudo que está a nossa volta
24 horas por dia,
Baralha-nos a percepção dos sentidos:
O que os olhos veem será real!?
E o que os ouvidos ouvem!? (por vezes até duvida!)
O que a boca fala (a dos outros) cabe dentro da sua prática vivencial!?
O toque, o cumprimento e o abraço, o que significam realmente!?(um padrão socialmente aprendido!?)
O ar (atmosfera) estará verdadeiramente impregnada de Amor!? 

No meu dia-a-dia, olho, ouço, sinto no ar, toco, falo 
crente que a cada instante estou vivendo mais um derradeiro tempo que jamais volta,
me entrego a cada pensamento, ação com toda a intensidade do meu Ser.

Sangue, suor e lágrimas são doados 
com a consciência de que estou entregue de corpo e alma àquela missão.

O tempo passa em dias e noites que vem e vão...
Olho ao derredor e... neste mundo das formas (eidos) nada vejo,
apenas ao olhar para meu Eu Interior encontro alento do meu Eu Divino
que me dá forças para continuar...

Deus, muito obrigada!


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A escola que temos versus a escola que ansiamos por ter

Certamente que gostaríamos de olhar para a escola como um lugar onde a luta pelas classificações (notas) desse lugar ao desenvolvimento das capacidades, à promoção da iniciativa e da criatividade e o monólogo instrutivo (despejar de informações) fosse preterido em função da partilha, do debate de ideias e da construção de conhecimentos com base na interação profícua entre todos os intervenientes no processo educativo.
Uma escola que, segundo os nossos anseios, contrapusesse:

  • à competição a contemplação do Bom, do Bem, do Belo e do Justo (Paideia Platônica);
  • à suposta neutralidade, o investimento reflexivo sobre os valores que queremos promover na educação escolar recorrendo às diversas fontes do saber: literatura - poesia, prosa, narrativa pessoal, letras de canções, parlendas, trava línguas, texto jornalístico, etc; visitas de estudo em bibliotecas - hora do conto, teatro, confecção de trabalhos de arte; pesquisa de acervo histórico em museus; roteiros que contemplem  o conhecimento da localidade para mapeamento geográfico e histórico e tantos outros recursos inesgotáveis;
  • à escola uniforme em todas as localidades, a diversidade de projetos educativos localmente construídos;
  • aos currículos únicos e pronto-a-vestir, a multiplicidade de cursos e de percursos pessoais com valor educativo equivalente;
  • à tentativa de acumulação desenfreada de saberes, o desenvolvimento de atitudes, comportamentos e competências humanas;
  • à escola vista apenas como transmissão do passado, a escola aberta à atração do futuro, do que é preciso reconstruir pessoalmente e em comum, uns com os outros.
Esta é a escola que sonhamos, em que a preocupação central se situa ao nível da formação da pessoa e não estritamente na transmissão de saberes científicos.
A neutralidade ética torna-se impensável porque as nossas crenças e atitudes fundamentais estão ligadas de forma essencial aos nossos valores, os quais constituem a base da nossa conduta pessoal e social. Nesse sentido, quando educamos ou ensinamos, em qualquer atividade educativa que desenvolvamos, estamos sempre, implícita ou explicitamente, a transmitir valores.
Ao ignorarmos determinados elementos da nossa cultura, selecionando outros aos quais conferimos um especial valor, estamos a fazer uma opção com consequências na educação.

O desafio de tornar conscientes os valores que a escola procura promover, de os discutir e assumir é assim um imperativo a que não podemos fugir.
Não podemos deixar de salientar que os valores estão presentes, consciente ou inconscientemente, em toda a atividade escolar.
A questão é: que valores são esses que a escola postula?! Estarão esses valores adequados a formação das nossas crianças contribuindo para uma vida íntegra, saudável e feliz!? 
Ao assumir promovê-los, devemos fazê-los através de toda a ação educativa, o que passa por formas diversas de implementar o currículo. 
Noutra oportunidade falaremos sobre os currículos.


Por hoje, ficaremos por aqui, há já muito que refletir... Que escola queremos para nossas crianças!?


Os Valores na Família e na Escola - Educar para a Vida, Maria Isabel Valente Pires





terça-feira, 18 de outubro de 2016

Alegria de viver

Antes de pleitear nossos direitos, é necessário que estejamos dispostos a cumprir nossos deveres. Aqueles que só reivindicam seus direitos, e não cumprem seus deveres, são como ladrões ou chantagistas.
O mais importante de nossos deveres é agradecer pelo fato de termos nascido neste mundo. Quem não é capaz disso perde todos os seus direitos. E então, por mais que lute por eles, não os readquire.
Existem pessoas que dizem: "Eu não pedi para nascer. Meus pais é que me puseram neste mundo, por vontade deles. Por isso, não devo agradecimentos a ninguém".
Porém, isso não é verdade. Nós viemos a este mundo por nossa própria vontade; aparecemos voluntariamente neste mundo tridimensional, como "filhos dos homens". Nós queríamos isso; queríamos entrar nesta "escola da Vida", mas não o teríamos conseguido se não existissem os nossos pais. Há um grande número de "candidatos" que querem ingressar neste mundo, pois sabem que é um "mundo maravilhoso, onde se pode criar tudo com o poder do pensamento" e que é uma "escola para o desenvolvimento da capacidade infinita".
Se nós conseguimos chegar neste mundo, foi graças aos nossos pais; por isso, devemos agradecer-lhes.
Vamos supor que estivéssemos caminhando durante horas numa região montanhosa, sob um sol ardente, sem mantimentos e sem água. Uma sede terrível nos tortura. Se, nesse momento, avistarmos uma pequena fonte de água cristalina, é claro que não hesitaremos nem um segundo em correr até ali e saciar a nossa sede. E agradeceríamos: "Graças a Deus, estamos salvos"! Este é um sentimento perfeitamente natural.
Quem, numa hora dessas, diria "eu não vim caminhando até aqui por gostar disso, nem fiquei com sede porque quis. Simplesmente aconteceu! E nada tenho a agradecer só porque encontrei esta fonte por acaso", com ar de arrogância ou indiferença?
O natural é sentirmos uma imensa alegria pelo fato de "estarmos vivos" e ficarmos contentes, vendo que "conseguimos manter-nos vivos". Se há alguém que não se conscientiza da benção de estar vivo, o único meio de sentir isso é conhecer de perto a agonia e o sofrimento da morte.
Não podemos deixar de agradecer aos nossos pais, que nos proporcionaram essa coisa tão preciosa, que é "VIVER". E desse sentimento de gratidão nasce uma inexprimível alegria de viver.
Para desfrutarmos a alegria, devemos cumprir o nosso "dever" de agradecer. Quando cumprimos esse "dever", uma vida feliz e a alegria de viver são dadas a nós como justa recompensa.
De nada adianta duvidarmos e tentarmos derrubar essa verdade, pois a lei do Universo age igualmente sobre os que a aceitam e os que não a querem aceitar. E ela não vacila. Ela recompensa com a liberdade e com possibilidades infinitas somente os que pagaram o tributo chamado "GRATIDÃO".

Livro "A Mente é força criadora", Masaharu Taniguchi

Luz e treva

Tu já viste pessoas desagradáveis
Que vivem a espalhar trevas por onde passam?
Já conheceste pessoas deprimidas
cuja fisionomia está sempre triste e sombria?
Já tiveste a oportunidade de comprovar
Quão contagiante é a expressão das pessoas?
As pessoas de expressão triste
vão espalhando a tristeza por onde passam.
As pessoas de expressão desagradável
Vão espalhando mal-estar por onde passam.
Disseminar tristezas e sensações desagradáveis
É um mal maior do que disseminar micróbios.

Tu já viste também pessoas alegres e otimistas,
Que vivem a espalhar luz por onde passam?
Já viste pessoas maravilhosas?
Que têm sempre um sorriso feliz nos lábios
E vão transmitindo a felicidade
A todos aqueles que cruzam seus caminhos?
Já tiveste a oportunidade de comprovar
Quão contagiante é a expressão das pessoas?
Não deves lamentar o fato de não possuíres
Nenhum bem material a oferecer aos outros.
Mesmo que não tenhas nenhum bem,
Poderás oferecer-lhes a expressão feliz.
Ao olhar para teus pais,
para teus filhos,
para teu marido,
para tua esposa,
para teus irmãos,
e também ao cumprimentar
teus vizinhos e conhecidos, mostra um sorriso feliz.
Dirigindo-se aos outros com expressão feliz,
estarás oferecendo-lhes a FELICIDADE.

As pessoas de fisionomia feliz
vão espalhando felicidade por onde passam.
As pessoas de fisionomia alegre
vão espalhando alegria por onde passam.
Dar FELICIDADE e ALEGRIA aos outros
é melhor do que oferecer-lhes presentes materiais.

Livro "A Verdade da Vida", vol.20, Masaharu Taniguchi

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mensagem dos Anjos - Vigilância

Sentado na tua paisagem quotidiana, observa calmamente, como estão as tuas emoções e o que pensas delas.
Põe os cinco sentidos em ação e observa o que acontece no teu interior. Não deixes escapar a luz da tua intuição que tal como o farol te permite ver para não tropeçares.
Habitua-te a escutar a tua intuição e prestar-lhe atenção de imediato. Confia plenamente nela e será a luz que guia os teus passos, sem quedas. Põe a tua mais sutil atenção desde o teu Anjo ou o teu Eu Superior para seguires os passos da tua intuição.

Prestar atenção será o primeiro passo para compreenderes o que é a Vigilância, mesmo que já intuas que é muito mais do que isso.
A atenção tem de estar desperta e limpa para não deixares escapar nem uma décima de segundo, estar atento ao que pensas, sentes e fazes. A intuição não deve ser um barco à deriva, nem um horizonte escuro.
Quando um tigre tem fome e decide caçar, fica com os sentidos atentos e em alerta para não deixar escapar nenhum ruído, movimento ou cheiro, e para quando chegar o momento oportuno poder atuar sem dúvidas e com rapidez. Da mesma forma tens de pôr os teus sentidos em alerta para não perderes nenhuma indicação nem nenhuma emoção. Que nenhuma situação fique em branco.
A água fala-te de emoções, vigia como estão as tuas.
Vigiar seria chegar a um ponto de atenção, desde o qual te visses a ti próprio observando e observado. É como um desdobramento. Põe a tua energia no teu duplo angelical para que, desde a sua luz, guie os teus passos. Experimenta deixar a tua vontade nas mãos do teu Anjo ou do teu Eu Superior; sente com ele a unidade e observa cada pequeno movimento, som ou pensamento dentro de ti.

Hoje, não poderia deixar de "ouvir" o meu Anjo para acalmar meu espírito. A cada dia ele (espírito) anseia por orientação. Inquieto, muitas vezes se pergunta: o que fazer? Aonde está um sinal de que estou seguindo o caminho da fé!? Milhões de razões e motivos daria para não seguir mais... parece tudo conspirar para que se perca a fé. Fé nos valores. Fé nas convicções de uma vida vivida crente no trabalho cristão. Fé no ser humano. Fé no verdadeiro sentido da vida. Fé na misericordiosa providência do céu. 
A única sempre inabalável é a fé no Criador, em Jesus e na Mãe Maria.
Hoje, como sempre, pedi intuição ao Pai e a toda a Espiritualidade Maior e assim apareceu esse companheiro antigo de cabeceira- o livro "Dia-a-dia com os Anjos.

Dia-a-dia com os Anjos, Marta Cabeza

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Jesus nos ensinou: Cada qual com seus dons

"Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem. 
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor".

Para iniciar a lição número 4, Chico Xavier (ditado pelo espírito de Emmanuel) refere Coríntios, 12:4. Dado que era chegada a hora de se fazer o estudo dessas palavras fui em busca dessa passagem do Evangelho:

1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema (condenação), e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 E a outro, pelo mesmo Espírito os dons de curar;

10 E a outro a operação de maravilha e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 Assim, pois, há muitos membros mas um só corpo.

21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;

23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;

25 Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.

28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.

29 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?

30 Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?

31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente. 

Por incrível que possa parecer, havia dito na aula de segunda-feira no Centro Espírita algo referente a essa passagem bíblica. Estava muito claro para mim que, como Cristo nos ensina neste capítulo de Coríntios, a cada qual o seu respectivo dom. Cada qual fazendo parte do Todo e, particularmente na efetiva excelência de si mesmo.

Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte não deveria haver rivalidade, ciúme, melindres ou comparação jactanciosa (vaidade, soberba). 
O amor é mais importante do que os dons espirituais. 
Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor o que se fez é vazio.
Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo de Cristo. Sem amor todo o nosso serviço espiritual é inútil.

Que assim seja!

Explanação do Evangelho do dia 04/10/2016, Centro Cantinho de Luz

Fonte Viva, Francisco Cândido Xavier pelo espírito de Emmanuel

terça-feira, 4 de outubro de 2016

A conciliação do bem com a felicidade

Nestes dias recebi um vídeo de um rapaz sem braços e pernas, seu nome é Nick Vujicic. Ouvi uma mensagem que, entre outras, muito me tocou e coroou de sentido o que já faz parte do conhecimento da fé que diariamente busco vivenciar. 
Ele dizia, se você olhar para mim vai comparar o seu sofrimento com o meu e se consolar pensando que o meu é bem maior. Isso não é o certo. Porque nós não podemos olhar e comparar o nosso sofrimento com o dos outros. Não é isso que Deus quer para nós. Devemos olhar para Deus. E aí sim, ver o quanto ainda temos que caminhar para chegar a magnificência do Pai. Tal como um filho aqui na Terra deseja chegar um dia a ser como seu pai. Assim também, com o Pai - nosso Criador - devemos crescer em Sua direção.
Hoje, ao ser convidada para fazer o Evangelho no Centro Espírita que opero como prestadora de serviços para "seguir em direção ao Pai", discorri sobre a Terapia do Amor. Muito, muito teria para falar sobre esse maravilhoso e rico tema. Foi difícil (como sempre para mim, pois sinto vontade de levar muito mais) escolher o que falar. Como sempre, rogo ao Pai para que me oriente na escolha acertada das palavras que não só saiam da boca mas sim do coração. 
Assim sendo, no momento da decisão, deixei para este momento esta mensagem de vida do Nick e este texto de Masaharu Taniguchi, que a meu ver estão em estreita consonância uma com a outra.

"São muitas as pessoas que vão às igrejas, Centro Espírita, Seicho-No-Ie ou a qualquer outra parte para pedir a Deus que lhes conceda determinadas graças concretas concernentes a questões da vida prática, tais como: cura de doença, êxito nos exames vestibulares, lucro financeiro, obtenção de emprego, oportunidade de um bom casamento, etc... Alguns alcançam a graça, outros não. Há pessoas que dizem, lamuriosas: "Por mais que rogue a Deus, não obtenho graças. Rogo pela cura da doença, mas não fico curado; rogo pela melhora do meu destino, mas isso não ocorre; rogo para encontrar uma boa pessoa com quem eu possa me casar, mas não acho tal pessoa. Deus não atende a nenhum pedido meu; por isso, acho que Ele não é generoso e não se importa nem um pouco comigo...".
Acontece que essas pessoas se esquecem de algo que é mais importante que tudo neste mundo, e vivem almejando riquezas materiais, bem-estar físico, boa posição social, fama, enfim, coisas de menor importância. Estas coisas não têm tanta importância como muitos pensam, pois são transitórias.
Por exemplo, mesmo que nos seja concedida uma saúde perfeita, nosso corpo não viverá centenas de anos. Lamentavelmente, muitas pessoas vivem a buscar coisas transitórias que não têm muita importância, e esquecem-se daquele algo mais importante que tudo no mundo. O que será esse "algo", de máxima importância para nós? Reflita um pouco, e compreenderá que estamos nos referindo a Deus. Deus é o nosso bem mais valioso, é o bem eterno.
Tudo que existe no Universo foi gerado por Deus. Ele é a fonte de tudo quanto existe no universo. A maioria das pessoas, em vez de buscar Deus que é a fonte de tudo, limita-se a buscar esta ou aquela dádiva material, que é apenas uma "parcela" da manifestação da Vida de Deus. Por isso, digo que essas pessoas ambicionam tão pouco, e que elas deveriam ter uma ambição muito maior - a de manter Deus bem junto delas. Como já disse, Deus é a fonte de tudo. Portanto, tendo Deus junto de nós, todas as coisas que desejarmos chegarão naturalmente a nossas mãos. 
Para estarmos sempre com Deus, devemos estreitar o vínculo de Pai e filho que nos une. Somos filhos de Deus, mas se estivermos afastados do Pai e O tivermos esquecido, tal como o filho pródigo citado na Bíblia, não poderemos desfrutar o Seu amor e Suas dádivas. Devemos nos lembrar constantemente de Deus e do vínculo que nos une a Ele. Devemos saber que somos Vida que Deus fez desabrochar, tal como flores que desabrocham das plantas nascidas e desenvolvidas a partir da semente. Nisso consiste ter Deus conosco, e significa estabelecer o vínculo de Pai e filho com Aquele que é o "todo de tudo", e firmar a nossa condição de herdeiro. E estreitando o vínculo com Deus, passamos a obter naturalmente tudo que desejarmos, tal como o herdeiro de um milionário.
Jesus Cristo, referindo-se às necessidades materiais do ser humano, disse: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo".
Deus é o "Todo de tudo", ou seja é a fonte de tudo. Portanto, estando junto dEle, nada nos faltará". 

Seguimos nossa caminhada diária em direção ao Pai, firmes que "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).


Video de Nick Vujicic
Revista Mulher Feliz, Seicho-No-Ie, nº 355

domingo, 2 de outubro de 2016

Reflexões - a quem compete educar e como o fazer nos dias que correm...

Abrir um livro sobre educação, a começar pela família, demonstra a enorme preocupação com essa instituição, aliás, a primeira e a base de toda a educação da criança. Não se experimentou para a educação informal nenhuma célula social melhor do que a família. É nela que se forma o caráter. Qualquer projeto educacional depende da participação familiar: em alguns momentos, apenas o incentivo; em outros, de uma participação efetiva no aprendizado, ao pesquisar, ao discutir, ao valorizar a preocupação que o filho traz da escola.
Por melhor que seja uma escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avós, tios, todos têm a responsabilidade pela educação da criança, e devem dela participar efetivamente, sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo. A família tem de acompanhar de perto o que se desenvolve na escola.
Muito se diz da falência da família como instituição. Já se tentaram várias fórmulas, regimes políticos e sistemas filosóficos para organizar de outro modo o trinômio pai - mãe - filho... mas nada substitui o velho Lar.
Na família moderna constituída, muitas vezes, de novas configurações parentais, em numerosos casos, vemos que os problemas surgem pela falta de amor.
A construção de uma nova sociedade passa pela construção de uma nova família. Se o estado não consegue organizar melhor suas instituições, se a educação continua na marginalidade dos projetos políticos, a única alternativa e a mais importante é a família.
Cabe a família a responsabilidade da formação da pessoa, da construção do ser preparando-o para a vida pela formação do caráter, de perpetuar valores éticos e morais. A família é uma instituição em que as máscaras devem dar lugar à face transparente, verdadeira e legítima.
Segundo Daniel Sampaio, "quando as gerações ficam muito próximas, a autoridade enfraquece". Há pais que se vangloriam de serem os melhores amigos dos filhos. 
Pai-amigo sim, amigo-pai não. A mudança da palavra pai na primeira expressão, marca notadamente a prioridade do papel de pai, o que implica que ele não se destituiu em nenhum momento de sua autoridade paternal no estabelecimento de limites com base no respeito mútuo.
Sampaio continua: os pais devem saber traçar limites. Claro que pode e deve haver momentos de proximidade, mas é preciso perceber que cabe ao adulto ter maturidade e contenção emocional. Hoje os pais entram em discussão simétrica, em que um diz uma coisa e o outro responde com outra pior. Pais e professores sem saberem estabelecer uma relação de respeito mútuo onde cada interveniente sabe seu lugar na respectiva relação, seja de pai-filho ou professor-aluno.

Daniel Sampaio, Entrevista Jornal de Leiria
Gabriel Chalita, A solução está no afeto