Seguindo a orientação vinda do Alto - por força de expressão usamos palavras como "céu", "alto" para transmitir o sentimento do Amor iluminado - senti a intuição de falar sobre o que sentimos...
"Conhecer-se depende da observação do sentir. Ao perceber as sensações, você percebe a vida em você. E vida é todo um movimento, e nós somos, literalmente, esse movimento. O que geralmente ocorre na vida diária é que nós nos ligamos mais no que pensamos do que no como sentimos.
Chamamos de processo ou vida a todo esse movimento de sensações que são objetos de nossa atenção. E para que eu interfira em mim mesmo e obtenha um ótimo resultado, preciso iniciar a observação do meu processo de vida, ou seja, tenho que me tornar um mero observador de mim mesmo.
Quando observo o meu corpo, percebo o que estou sentindo realmente, o que está acontecendo comigo, de onde vem o que 'eu sinto'; estou observando o processo, o movimento da vida em mim e ele vai ficando claro, consciente, lúcido. Observar como as coisas se passam em mim é observar como a vida flui em mim.
Quando não estou atento ao processo de vida em mim, vou precisar me guiar pelas experiências dos outros, tornando-me dependente.
Ser dependente é não ter senso próprio, é perder o senso de direção na vida, é não saber claramente o que quer e o que pode fazer. Usar os outros para se direcionar e fazer deles o ponto de apoio é dar-lhes a liberdade de controlá-lo, perdendo o controle sobre si mesmo. Não tendo mais autocontrole, você vai querer que os outros lhe façam o que seria sua função fazer, ou seja, que eles resolvam os seus problemas e se responsabilizem por você, protegendo-o, aceitando-o, amando-o, etc. E naturalmente, quando perceber que os outros não o assumem, porque, na realidade, ninguém é responsável por você, sua tendência é se fazer de vítima, achando que os outros são cruéis. O que em última instância, só faz você sofrer.
Conhecer-se depende da observação do sentir. É tornar-se presente, é tomar posse de você, é sentir o processo intenso que você é (...) as nossas sensações não são simplesmente geradas pelos estímulos externos, mas também pelos internos. Por estímulos internos, queremos dizer as sensações causadas pelos nossos órgãos, pelo nosso inconsciente e principalmente pelo que pensamos.
Você só tem condições de perceber o que acontece AGORA! O passado é passado, e, na maioria das vezes, o que resta dele são lembranças exageradas e distorcidas que por serem imagens gravadas na memória, não são sensações reais. O passado existiu e não se pode realmente sentir algo que não está mais presente. O que acontece, na verdade, é que alguns fragmentos do que aconteceu impressionaram a memória e, ao trazê-los para a consciência, produzem novas sensações.
Observando seu próprio processo, perceba que quase tudo o que sentimos tem sua origem no que pensamos e acreditamos. Sendo assim, podemos controlar o nosso sentir, mudando nossas crenças e nossos pensamentos" (Gasparetto).
A incrível "magia" que reina no decurso de nossas vidas fez com que tivesse adquirido, numa das minhas viagens ao Brasil, um livro de Gasparetto para crianças com o título "se ligue em você" do Tio Gaspa. Levei-o na minha bagagem com muita ternura. Passou a fazer parte do meu repertório de livros que, ano após ano, tocaram o coração de todos os alunos que passaram pela minha vida. Curiosamente, passado quase quatro anos de estadia no Brasil, agora já sem lecionar. Ao primeiro convite para fazer uma palestra no Centro "Cantinho de Luz" que passei a frequentar e a oferecer meus serviços com o mesmo espírito de missionária como no ensino senti vontade de "contar a história do Tio Gaspa". Nem eu mesma entendi porquê!? Apenas segui meu sentir...
Passado poucos dias, me deparo com o livro "se ligue em você" para adultos.
Como não tenho por hábito questionar os porquês... mas sim agir em consonância ao meu sentir... Adquiri o livro. Transcrevi o trecho acima porque senti que poderá ajudar você.
"Você é o único responsável pelo que está se passando em sua vida.
Tome posse do que é seu.
'Se ligue' em você!"
Luiz Antonio Gasparetto, "Se ligue" em você, 2006, Centro de Estudos Vida & Consciência Editora Ltda