sábado, 11 de abril de 2020

Condescendências - Mensagem de 29/08/2019

Que dirás, vezes sem conta, que inflinges contra ti mesma todo tipo de influências que te levam para o campo interior desértico onde as ervas daninhas proliferam por teres deixado que assombrassem teus puros e sensíveis lírios de beleza ímpar?!
Qual será o destino de um desvalido que cambaleia por entre as pedras esbatidas pelo "falso" calor que queima seus pés e o faz sedento tendo que, a par e passo, recorrer aos chamados das sereias que, embora o venha a saciar com o "encanto" sedutor do prazer instantâneo, logo (passado o efeito, pois não advêm de um prazer conquistado pelo esforço, mérito) desaparece gerando maior angústia, dor, culpa e autodestruição... sabes, pois, de quem estou a falar!

Agora passo a falar contigo, sempre que tenhas um sentimento apertado no peito, solta-o! Entrega para o universo. Ele cuidará de o transmutar em energias benéficas.
Desprende o que te prende.
Solta teu peito da opressão, esta está te sufocando a Alma.
Retoma tua caminhada com a disposição que enfrentaste uma vida de tantas adversidades, desafios e vicissitudes.
Te compraz com o que o "dia" te traz de momentos de bençãos!
Sobe até o céu e recorda que o teu lugar é repleto de flores (tal como gostas) e de luz, repleto de querubins.
Imagina-te a fadinha que sempre quiseste ser na tua "infância" e te presenteia com os poderes que podes obter ao te conscientizares que TUDO podes - ao menos no teu imaginário!

Já viste e comprovaste inúmeras vezes que o Outro não tem a capacidade de mudar, segue repetidamente os mesmos "erros" pois não aprende nem mesmo com os "tombos" que leva, chega a um ponto que se habitua com as quedas e passa a se relacionar com os "desastres" provocados por ele mesmo. O que vais fazer para mudar isso? Nada!
Não podes (infelizmente) fazer o que é devido ao Outro. Primeiro passa por ter a humildade, a coragem, a determinação e a ação. Mudar o comportamento de modo a não repetir a "lição reprovada".

Lembra-te que só poderás fazer o que toca à tua vida. Triste saber que apanhas, direta e indiretamente, com o que o Outro faz. Porém, vês que tens lutado arduamente por não conseguir conviver com esse tipo de procedimento consecutivo mas... as cenas têm vindo a se repetirem...
Talvez esteja na hora de soltares também isso... não te apoquentes mais, mas deixa bem claro que não queres mais aparar o que sobra depois do mal feito. Contam que sejas tu a "resolver" de alguma maneira dando "solução" quando já está o "caldo entornado".

Deves perceber que partem do princípio de que tudo se vai compor porque tens alguma estratégia para saírem do "fiasco". Repara que não levam para ninguém a não ser para ti. Aliás para os outros (e sabes ao que me refiro) está sempre tudo bem. Nada lhes sobra de misérias, apenas (e assim foi sempre) o que é bom.
Onde encontras arrimo? De onde vem oferecer o que precisas? De fora!

Deparas com pessoas que demonstram por ti tudo o que deveria vir dos teus, mas nada vem, por via de regra, tem te sobrado desgostos e injustiças.

Creste sempre no Amor Circular talvez, por isso tens vindo a presenciar por vias efetivas o carinho, os cuidados, a atenção, não por quem tanto esperaste (desses tens recebido o impensável) mas, sim, de pessoas que nada têm de ligação parental contigo.

Volto a te dizer: LIBERTA-TE!

Te faz feliz! Autoriza que a alegria volte para o lugar cativo que está no teu coração. És um SER naturalmente ALEGRE.

Deixaste que ultrapassassem os teus limites. Está na hora de retomares tudo que é TEU.
Nada percebem pois se habituaram a fazer o que lhes apetece, tens que ser tu a liberar o que "fecharam" dentro de ti.

Abre-te para a vida! Ela é BELA. Sempre a fizeste BELA, BOA e JUSTA para todos, está na HORA de fazer por ti mesma.
A vida te AMA. SORRI. Estamos sempre contigo!


sexta-feira, 3 de abril de 2020

Era uma vez, talvez tantas... (Michel Robim)

Era uma vez... num lugar, uma província. Nessa província vigorava uma lei extremamente cruel. Determinava que, a cada mês, trinta presos eram executados para servir de exemplo de que as leis deviam ser respeitadas e temidas. A sentença de execução era assinada pelo governador da província, em determinado dia do mês, até o meio-dia. Se a sentença não fosse assinada até o meio-dia, dizia essa mesma lei, os prisioneiros escolhidos deveriam ser perdoados e libertados - o que jamais havia ocorrido. 

Pois então... era este fatídico dia.
O governador dirigia-se ao palácio para, entre outras coisas, assinar a dita sentença. Ia observando, de seu carro, os afazeres e o cotidiano de seus cidadãos, quando sua atenção se volta para dois meninos que brincavam. Um deles corria atrás do outro numa espécie de pega-pega, quando o que ia à frente tropeçou, caiu e deu um grito de dor. O outro imediatamente interrompeu a brincadeira, ajoelhou-se ao lado do amigo e, num gesto de compaixão, o consolou, soprando-lhe o ferimento do joelho e o ajudando a se levantar. Abraçados, dobraram a esquina e desapareceram de vista.

A cena remeteu o governador a lembranças, fazendo-o afundar em reflexões, memórias, etc... Ensimesmado, chegou ao palácio, fechou a porta de seu gabinete, isolou-se e mergulhou sabe-se lá em que recônditos de sua alma, não desejando..."ver ninguém e nem ser de nenhuma forma incomodado". O tempo passou, o meio-dia chegou com suas badaladas, despertando o atônito governador de seu universo reflexivo. Passara do meio-dia e, pela primeira vez na história da província, a sentença não tinha sido assinada. Os prisioneiros estavam livres!

A notícia se espalhou como um raio por toda a província. Uma grande alegria tomou conta de todas os cidadãos, ninguém parecia acreditar no milagre.

Na casa dos dois meninos, a novidade chegou antes mesmo que eles tivessem posto os pés na soleira da porta. A mãe, radiante, recebe os dois à porta, exclamando:

- Sabem o que aconteceu? Os prisioneiros foram libertados da sentença de morte, não é maravilhoso? Agora venham cá, me contem como foi o seu dia, o que vocês fizeram hoje?

- Nada, responderam os meninos, hoje não fizemos nada. Foi um dia ruim, ele caiu, se machucou, a gente nem conseguiu brincar direito... Acho que a gente nem deveria ter saído de casa...

Eis aqui um pequeno conto... e uma pergunta.

Como está sendo o seu dia, o que é que você fez hoje?



Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo (Paulo, I Coríntios, 12:4)



1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema (condenação), e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 E a outro, pelo mesmo Espírito os dons de curar;

10 E a outro a operação de maravilha e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

11. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo.

21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;

23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;

25 Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele;e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.

28 E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.

29 Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?

30 Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?

31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

Lição para nós

Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa.
O amor é mais importante do que os dons espirituais.
Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor o que se fez é vazio.
Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas que temos. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo em Cristo.
Sem amor todo o nosso serviço espiritual é inútil.