segunda-feira, 30 de março de 2020

Solicitude

Sentencias quais palavras que advêm de dentro de ti mesma em resultado das muitas indagações pelas quais revolves antes de te impedirem de seguires tua jornada. Que será de ti se não conseguires tirar a cada dia musicalidade de tantas "notas" que tocam em tua alma num desafio harmônico de consecutivas partituras que teimam em te dar alento e equilíbrio a tua alma.

Sofres por não encontrares aquilo que tanto almejaste e fizeste por ter em tua vida - a Paz dos elos invisíveis dos relacionamentos familiares tão nobres para ti.

Somente julgas o que vês e sentes sem conseguires entender o porquê e para quê tantos desvarios e dores. Mas tens que admitir que seguindo tuas próprias crenças NADA nesta VIDA se passa simplesmente por ACASO. Tens que convir contigo mesma que se tens sofrido tais provações terás que vivê-las em proveito de teu amadurecimento e, por conseguinte, crescimento interior.

Tomaste para ti todas as responsabilidades advindas de todos e de tudo o que se passa à tua volta, será que não percebes que é chegada a hora da tua aceitação do fato de cada qual ser RESPONSÁVEL por si mesmo e não mais te atormentares em sentir o que, provavelmente, o Outro está a sentir.
Para hoje basta o que SINTAS por ti mesma!

Vieste durante todos estes anos a carregar para contigo o MEDO das perdas e as consequências concernentes a cada uma delas. O que não percebes é que esse MEDO tem vindo a se concretizar sem que sejas tu a "culpada" pelos acontecimentos mais dolorosos de tua vida. Esses vieram "ter contigo" numa enxurrada avassaladora que tiveste a surpreendente capacidade de lidar como se fossem "irreais" em tua vida. Aprendeste a vê-los como num quadro de uma pintura fosca esbatida pelo olhar de uma MÃE cônscia de sua verdade e FÉ.

Desiludiram-te nas tuas mais profundas "certezas". Ninguém conseguiu passar incólume. Todos fraquejaram nas atitudes que deveriam ter tomado para sentiram, ao menos de leve, as tuas dores e pesares. Nada veio em teu SOCORRO. Gritaste por todos os cantos, alardeando tuas feridas abertas, na tentativa de alguém ou algo que viesse ao teu encontro... MAS FOI EM VÃO!

A tua decepção para com todos aliou-se aos desgostos que te impuseram sem dó nem piedade. Como viver depois disso? Isso é o que tens vindo a fazer, procurando encontrar os sinais de cura indo ao encontro do que acreditas com toda a força de teu SER - tua consciência que te leva ao DIVINO que está em ti.

Serás entregue juntamente com teus atos ao teu CENTRO de justiça e, somente, assim, conseguirás encontrar a tão almejada PAZ que persegues durante toda tua vida.

Não esperes NADA de NINGUÉM, externo a ti mesma. Já tiveste PROVAS suficientes que não encontrarás o que tanto procuras na expectativa que venha de fora de ti mesma.

Apenas SEGUE crendo que TUDO está dentro de ti mesma na relação que manténs com o DIVINO que te habita.

domingo, 29 de março de 2020

Temperança

A quem revolves céus e terra para encontrares? Por quem suscitas fôlego que recorres pelo teu esforço a encontrar dentro de ti mesma sem que te apercebas do que e para que te valerá? Reconheces que a cada dia o TEMPO se esvai e sem saber (como sempre tiveste essa sensação) se fizeste tudo o que tinhas por fazer, vives aceleradamente como se sentisses que muito está por fazer e com quem deves atuar com a prática da indulgência mesmo que te tenham ferido a ALMA com os punhais mais lacerantes, estás consecutivamente a questionar-te... o que devo fazer?

Sabes, contudo, que a ferida continua exposta depois de acumulares, uma após outra, desilusões e golpes profundos que te calaram na ALMA com a intensidade de raios fulminantes e que tens vindo a tentar administrar - mesmo sem teres nenhum indicador de compreensão do porquê de tudo isso...
Terás que atentar para o fato de que o que percebes como trágico o Outro, simplesmente, cataloga como uma contingência de percurso sem que possa avaliar a real dimensão do estrago que te causou.
Enfrentas a mais contundente façanha que jamais poderias ter imaginado que um dia terias pela frente (...) como se nada valesse todo o teu viver de entrega total no trato de teus valores, ideais, princípios e paixões.

Viveste, destemidamente, como se nada tivesse importância concentrando todo o teu SER em tua família, profissão embasada na FÉ ditada pelo teu SER interior.
Cada parte de ti deixaste que te levassem consentindo na apropriação dos teus devotados atendimentos repletos da integralidade de teu SER.

Acreditaste na tua "sementeira" tal como o agricultor que, depois de tanto esforço, devotamento e proteção total espera, pacientemente, que a colheita se fará de modo gratificante. 

Deixaste que nada tivessem que fazer para te atender às tuas necessidades pois de modo incondicional demonstravas o cuidado máximo a cada detalhe exigido por ti mesma na execução de cada "nota" que tocavas, em cada partitura à qual te devotavas no conjunto das peças orquestradas à cada TEMPO.

Te sentias "filiada" sem ter nunca tido um porto seguro ao qual pudesses aliviar mesmo que, temporariamente, as incumbências que tomaste para ti, em cada um dos papéis que desempenhaste com a intensidade e devoção constante cobrando de ti mesma a excelência em cada momento vivido.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Despertar da Alma


Por onde andas tu que não encontras paz nem arrimas perante o que vem de encontro a cada necessidade intrínseca de teu SER sequioso de encontrar um PORTO SEGURO.

Por entre caminhos que tens vindo a percorrer vislumbras alguma luz que logo se desvanece aos primeiros momentos que se seguem e não tens condições de aproveitar a tua vida presente. Sucedem-se, uns após os outros, fatos que te consomem o SER e que tens vindo a tentar sobreviver, sem que estes te deixem imobilizada e sem iniciativa para reagir e superar cada momento com algum entendimento plausível do natural transcorrer dos acontecimentos.

Afundas, dia após dia, nos desencantos e nas contingências que te são oferecidas por vontades alheias a tudo aquilo que seria natural vivenciares pela sucessão de tudo o que movimentaste , enfaticamente, por construir na tua caminhada.

De passo em passo, abraçaste empenhadamente, causas que não te pertenciam, supriste (alegadamente por omissão de outrem) com valentia, esforço e devotamento dando o pão a todo aquele que se te apresentasse como faminto.

Percebes que, por vezes, o que deste aos outros não tinhas para ti mesma?

Percebes que dando o melhor de ti ao invés de te agradecerem, arrumas "inimigos" ou mal contrafeitos (desafetos) que se voltam contra ti?

Percebes que, na tentativa de salvar os outros te perdes de ti mesma?

Tens consciência do mal que tens feito para ti mesma por querer bem a todos? Esquecendo-te de ti?

Reparaste que, de nada valeu teres te consumido, minuto após minuto, numa luta constante pela tua excelência em todos os papéis que te propuseste exercer sem medir esforços, tempo e no enfrentamento de injustiças e ingratidão?

Ressentimentos - Mensagem 24/07/ 2019

O que fazes com os ressentimentos? Por sinal, o que eles fazem por ti? Tristezas que conservas durante tempo precioso que não te será ressarcido nem terás hipótese de revivê-lo de forma mais leve e salutar.
Pensas, todavia, em seguir tua jornada sem eles, mas, como não te conformas com a situação à qual as coisas se passam por influência de quem não TE VÊ, como nada nem ninguém, porque só conseguem ver a eles próprios e às coisas pelas quais acreditam querer para satisfazerem seus EGOS gigantescos que são alimentados por pessoas, lugares e situações que nada têm a ver com os princípios de vida do BEM e da coerência do SER na sua integralidade: CORPO/MENTE/ALMA.

Viveste crendo, piamente, que os teus princípios, valores e crenças estavam sendo assimilados por quem puseste no mundo, entre dores e gemidos de dores nos partos feitos na raça e no AMOR. Nenhum deles tomou para si nada daquilo que julgavas, seguramente, ser um dado adquirido e interiorizado como uma herança valiosa em suas vidas. Os anos se passaram e hoje vives o sentimento de uma "descrença" numa educação que depunhas a favor como um dogma inalterável, por fazer parte de tua vivência diária na intensidade total de tuas entranhas sedimentadas na profundeza do teu SER.

Creste que, um dia, irias viver os frutos de uma sementeira fértil, proveitosa, honesta, pura e de total labuta, sol a sol, para que decididamente a colheita se tornasse venturosa.

Presença Divina

Segue por entre brumas e arvoredos em busca do teu bem mais precioso.
Não tens nada a temer, pois, Eu Sou teu pastor, (não é assim que sempre disseste). Sei que te sentes sozinha e que, por mais que verbalizes, pelos quatro cantos, ninguém te ouve. Sei que procuras - e, procuraste durante toda a tua vida - alguém que pudesse perceber quem verdadeiramente és... 
Mas, te digo: Não acharás... Esse SER não se encontra em lado nenhum, a não ser quando olhas para dentro de ti mesma.

Tens perdido imenso tempo com lamúrias, mortificações que te consomem a energia vital e de nada contribui para que possas usufruir do presente valioso que possuis - o AGORA!
Tens vindo, obstinadamente, a perseguir um ideal inalcançável pois olhas para ti e idealizas alguém que tenha a coerência ditada pelos teus padrões de exigências perante a vida. Volto a te dizer, escusas de continuar nessa expectativa fadada ao fracasso.

Olha para ti. Percebe que angariaste conquistas internas valiosas, essas, ninguém jamais tirar-te-á pois estão alojadas, uma a uma, no cofre da tua evolução espiritual.
Poder-te-ão levar o que ao mundo pertence, porém, jamais levar-te-ão as riquezas da Alma. Por isso, volto a te dizer, VIVE e regojiza-te de ser quem és. Olha para ti, não mais, com compaixão mas, sim, COM PAIXÃO. 
Apaixona-te por ti mesma. Um ser apaixonado, vive FELIZ.
O que estás à espera?
Deixa de olhar e esperar do Outro. Não foste sempre à procura das pepitas no garimpo diário para tua sobrevivência?
Usa o brilho que alcançaste!
Usufrui do momento PRESENTE emanando a tua LUZ!
Sê LUZ!

Magnitude - Mensagem 16/07/2020

Que força é essa que te impulsiona para a frente e te faz criar solidez em cada passo que dás em direção ao encontro contigo mesma?

Sobes cada degrau de tua evolução com o esforço de suor, lágrimas que irrompem por entre sôfregos suspiros da Alma.

Quem dera pudésseis ouvir o sussurro do coração que suplanta cada choro e soluço reprimido durante, anos e anos, sem poder gritar ao mundo suas dores e segredos calados pelo medo.

Porquê tanta ânsia de viver intensamente, cada momento, no afã de sentir que o tempo atropela e clama por urgência de viver?

No apanágio de cada hora, a Alma clama pela urgência, detém-se no sentir presente do AGORA que se vai...

Mensagem Março 2020

Abençoada sejais, filha, pelo que tens feito durante toda a tua jornada por entre campos e montes, de um e de outro lado do oceano, em prol de cada aluno que teve o fortuno de te conhecer, de partilhar de um tempo contigo e de te levar junto a ele, através de cada ensinamento que lhe ofereceste e das vivências coroadas de imenso Amor que lhe deixaste como herança.

Sejais fruto da terra, tal como cada semente que colocaste em corações ávidos de atenção, carinho em estreita conexão com teu engenho e arte de educadora/missionária. O que fizeste podes muito te orgulhar pelo que fizeste o teu melhor, retirado de tuas fibras mais profundas e de tua ligação com o Pai.

Sempre que te recordais de cada minuto passado em total entrega e vibração de puro AMOR terás em ti a grata confirmação do BEM que fizeste. Suor, sangue e lágrimas (muitas vezes de pura alegria) derramaste, dia a dia, no exercício mais dignificante de AMOR ao que estavas a fazer. Tens para ti a convicção plena disso.

Açoitada fostes, muitas e muitas vezes, por levares com fibra e determinação cada minuto de tua atuação em todos os âmbitos. Nunca conseguiram te intimidar e tirar do FOCO. Por mais que tivessem te defrontado com palavras, retaliações, armações para te impedirem de seguir em frente, NADA conseguiram!

Assim, tal qual fizeste na área profissional, tal, também, se veio a passar na vida pessoal e familiar. Muito cedo te colocaram, frente a frente, com a "luta" diária para ter sustento e, sem que tivesses estrutura para enfrentares o embate duro e difícil da lida ao lado de tua mãe, nada te pouparam. Tiveste que dar respostas a tudo sem tempo de espera. Elas se apresentavam em catapulta vindas de todos os lados e tu as rebatias com a agilidade do esgrimista que se esquiva com proeza de cada toque de espada e, a cada uma delas, tens que provar que teu esquema precisa funcionar - pois, tudo se fazia URGENTE!
Logo tiveste que "dar conta" do que seria expectável ser de incumbência de teu pai. Acrescido, ao que, o tempo todo, em concomitância, conjugavas as tuas próprias obrigações com os estudos e com a parceira 24h com a tua mãe, no comércio e na vida.

Aprendeste, desde cedo, a "crescer" por necessidade. Onde ficou a infância? A criança que não pode viver as etapas naturais do SER infantil?
Cresceste na marra! Por força da obrigação de ser adulta e madura, muito mais do que os adultos que te rodeavam.

Só. Muito só te sentiste. SEMPRE!

Veio o casamento aquando tua melhor hora para poderes viver tua juventude. Mas qual juventude?! Pois essa, também, te foi impedida de viver. Aos teus 19 anos eras MÃE. Viste nesse "tempo" o mais SAGRADO. Tinhas um SER saído de tuas entranhas, do teu sangue, do teu corpo e alma,  teu. Sonhaste que jamais irias te sentir só!

Partilhaste essa alegria d' Alma com teu companheiro e tua mãe. Viveste cada respirar de teu filho como se teu fosse. Cuidaste de cada poro de seu corpo pequenino. Te envolveste por um AMOR inenarrável e inexplicável pela dimensão humana. Lhe deste teu nome para que se tornasse eterna a tua extensão com aquele pequenino SER. Não descuraste de nenhum detalhe. Cuidaste de cada refolgar, de cada milímetro de seu corpo e de ...sua alma! Desde teu ventre fizeste a ENTREGA ao PAI. Na hora do parto, quando te viraram as costas ao te levarem para um quarto escuro, sozinha, tinhas teu filho (teu bebê) e teu Pai do céu. Apelaste ao Seu socorro e com o chamamento e convicção da união, força e energia de teu filho, invocavas a ajuda de Deus e de teu filho para fazerem juntos o MILAGRE de NASCER. Sós, sem mãos humanas!

Quando te trouxeram para o quarto - ao entrares na maternidade te deram uma cama suplente no corredor, encostada na parede, à frente dos banheiros por alegada falta de leitos - trazias contigo o teu MENINO ANJO que Deus te dera para te acompanhar e ser teu "guia" de luz na Terra.
Sem conseguires te mexer por teres sido aberta de fora a fora, tal qual a um tecido que de tanto ser forçado se rompe com um rasgo, assim foste; estavas cheia de pontos que te foram suturados à sangue frio. ZERO humanidade!

Mas, tinhas contigo o teu FILHO que te fazia suportar qualquer dor para que, sozinha, pudesses pegá-lo ao colo, trocar suas fraldas e amamentá-lo sem que te pudesses mexer sem sentir dores atrozes.
Ninguém ali estava para te socorrer. Tudo fizeste sozinha.
Apenas ao nascer do dia, exausta e sofrida que estavas, ansiavas que a hora da visita chegasse para que viesse teu marido e tua mãe para que te levassem logo dali.
Foi um momento que deveria ter sido de felicidade mas, se tornou num misto de indignação e inconformidade pelo que te fizeram passar. Depois de voltas que tiveram que ser dadas para que consentissem tua ida (alta) para casa. Foste, ainda, com a condição de seres atendida em domicílio por uma enfermeira do Centro de Saúde de tua localidade (Ribeira de Frades). Assim, D.Amélia passou a dar assistência a ti e ao teu filho adorado. Em tudo lhe obedecias e com esmero desvelado a questionavas sobre todos teus cuidados a dispensar ao teu menino e, nessa preocupação extrema, logo a fimose se foi, graças ao profissionalismo exemplar dessa enfermeira.
Nada foi descurado desde teu olhar, atento, dormias com um olho só, até o movimento que fazias ao passares a noite a embalar o teu filho no mais lindo bercinho de vime envolto com tecido azul escuro de poá branco (confeccionado pela avó Encarnação), de rodinhas de madeira, puxador e cobertura para proteção da luz e do sol.

Quanto AMOR deste a teu menino! Tanto que jamais ALGUÉM poderá mensurar, a pensar no infinito, seria pouco !  Só tu tens para contigo o quanto! Ele deveria ter para com ele! Porém, sem que te apercebas pode estar encrustado no DNA de suas células e no ÂMAGO de seu ESPÍRITO. Não deves crer que tenha se desperdiçado pois sabes que, no Universo nada se perde!

Por agora, descansa em total certeza que fizeste SEMPRE o que te vai na ALMA e que tua ALMA é de FILHA do PAI. Nada mais! Tens para ti o MAIOR BEM - tua filiação fiel ao PAI.

Dorme. Sonha. Vive. Afasta todos os medos. A vida te ensinou e fez FORTE, capaz de superar a falta de um progenitor que cumpra seu papel, a dar à luz a um filho sem assistência e condições de sobreviver... tudo conseguiste SOZINHA!

... o céu está sempre contigo!





quarta-feira, 25 de março de 2020

De que necessitas mais para empreenderes mudanças?

De que necessitas mais para empreenderes na tua vida as mudanças necessárias que se fazem, há muito tempo, urgentes? Estás a espera do quê? O que tens feito por ti mesmo?

Voltaste a esse plano fenomênico com propostas definidas de agires em consonância com tuas reais necessidades de palmilhares mais umas léguas de caminhada em direção ao evoluir infinito. Deveras calculaste teus primeiros passos ciente de que outros viriam com mais firmeza e equilíbrio numa sequência consistente, cada vez mais permeados por uma maturidade dada pelo conhecimento e experiência adquiridas em cada passo e parte do caminho trilhado. O que tens feito?

Desistes de ti mesmo quando olhas para o que é dado ver na densidade energética que vives e te achas incapaz de sequer "engatinhar" para a frente, enfraquecido que te sentes para te sustentares sob tuas pernas.

Desistes de ti mesmo quando ocupas teu TEMPO detendo-te a "olhar" para os defeitos do Outro e passas a criticar, julgar e condenar cada palavra e/ou omissão, atitudes individuais e procedimentos coletivos que circulam tanto com quem convives (meio familiar, social) como também através do inconsciente coletivo, nas formas-pensamentos que deixas invadir tua mente (vida).

Desistes de ti mesmo sempre que procuras culpabilizar o Outro e/ou às circunstâncias por "algo"que simplesmente demitiste-te de tomares a responsabilidade para ti mesmo.

Desistes de ti mesmo, amedrontado que estás, por não seguires a tua INTUIÇÃO, por não ouvires a tua CONSCIÊNCIA que te direciona para a ROTA EVOLUTIVA respaldada pelas Leis Divinas que te orientam e que são na VERDADE as únicas que deves te ocupar (e não pre-ocupar) em seguires.

Desistes de ti mesmo quando passas o teu TEMPO precioso - lembra que tens um TEMPO de estadia na Terra - a pedir como um mendigo e ESQUECES DE AGRADECER porque TUDO JÁ TE FOI DADO por seres FILHO DO CRIADOR, apenas por falta de RECONHECERES, impedes a MANIFESTAÇÃO.

O que esperas?

Toma posse de ti mesmo!

Bem-haja!







terça-feira, 24 de março de 2020

Não ponhais a candeia debaixo do alqueire

Começamos por definir candeia (do latim candela) - vela de sebo ou de cera - significa pequeno aparelho de iluminação, que se suspende por um prego, com recipiente de folha-de-flandres, barro ou outro material, abastecido com óleo, no qual se embebe uma torcida (pavio), de emprego em casas pobres.

Alqueire (do árabe AL-KAIL) - antiga medida de capacidade para secos e líquidos, variável de lugar para lugar. Na Europa correspondia, mais ou menos, 13 litros; na China, entre 10 e 31 litros; no Brasil, medida agrária que varia de acordo com a região: 48.400m2 a 24.400 m2 (SP).

Cristo é o grande educador da humanidade. Para educar o povo, recorreu à pedagogia da época: parábolas, hipérboles gráficas e alegorias.

Parabole (grego) há a ideia de comparação, enigma, curiosidade.
As parábolas evangélicas contadas por Jesus são imagens tomadas das realidades terrestres para serem sinais das realidades reveladas por Deus. Elas precisam de uma explicação mais profunda.
Jesus falava, exotericamente, de modo complexo, somente com relação aos aspectos mais abstratos de sua doutrina; quanto à caridade, falava claramente. Com os apóstolos, mais aptos a compreender o alcance de sua doutrina, falava mais abertamente. E, mesmo com estes, não disse tudo.

Jesus disse, "candeia sob o alqueire". Por que Jesus fala por parábolas?

Em Mateus, 5:15 "...nem se acende uma candeia (lamparina) para se pôr debaixo de um alqueire (vasilha), mas num candeeiro, para que ilumine todos os da casa".

"Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com uma vasilha, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente" (Lucas, 8:16-17).

"Aproximando-se, disseram-lhe os discípulos: Por que lhes falas por parábolas? - Respondendo-lhes, disse ele: É porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará.

- Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. - E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis.

Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, eu os cure" (Mateus 13:10-15).

Jesus nos ensina que não devemos ocultar (debaixo da vasilha) a LUZ que somos herdada pela nossa filiação Divina. Nada adianta, ser LUZ e ficar oculta por debaixo das ilusões efêmeras do mundo. Abramos os "olhos para ver", nossos "ouvidos para ouvir" e nossos "corações para compreender", só então, haverá a conversão = transformação; mudança interior da "cegueira", "surdez" e o coração sairá do vazio existencial preenchido por muitos desvarios do egoísmo, orgulho ou soberba, avareza, inveja, ira, luxúria ou impureza, gula, vaidade, consumismo desenfreado, vícios e dependências afetivas doentias, interesseiras e destrutivas.

O que estará o coronavirús a nos dizer? A Hora é AGORA!

segunda-feira, 23 de março de 2020

O Consolador Prometido

Em João 14:15-17, lê-se:

15.  "Se me amais, guardai os meus mandamentos.
16.  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.  17.  O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós."

"consolador" é a tradução de parakletos (grego). Parakletos é a junção do prefixo pará, que quer dizer "ao lado", "junto de", "na presença de", e do verbo Kalein, que quer dizer "chamar".
Parakletos, então, é aquele que é "chamado da parte de alguém" ou ".chamado para ficar junto de alguém".

Poderíamos pensar que fosse o próprio Jesus. Jesus, o espírito que desenvolveu plenamente o seu Cristo interno, era pura manifestação do Cristo. Mas todos temos o Cristo dentro de nós, Jesus sabe disso, Jesus nos ensinou isso. Então compete a nós mesmos o desenvolvimento do nosso Cristo interno. E para isso Jesus nos trouxe os seus ensinamentos - o EVANGELHO.
O EVANGELHO de Jesus, então, é o parakletos que Jesus nos trouxe com a sua encarnação.

 Jesus promete "outro parakletos. Quem é o outro parakletos prometido por Jesus?
O versículo 26 diz assim: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito."

A palavra "santo", na Bíblia, quer dizer "voltado para Deus", "dedicado a Deus".

Se o parakletos viria para "ensinar todas as coisas", é porque Jesus não ensinou tudo. Se Jesus não ensinou tudo, é porque não estávamos preparados para compreender certas coisas há 2000 anos, quando Jesus esteve encarnado entre nós.

Jesus promete o parakletos (Consolador) para que "permaneça"conosco. Este consolador, o parakletos, é uma das moradas de Deus, é uma das permanências de Deus, então vai permanecer conosco durante um determinado período de tempo, durante um "AION" .

Um à parte, para percebermos melhor as três dimensões do tempo.
Enquanto atravessamos o palco da história, somos convocados a responder a cada uma dessas dimensões do TEMPO:

  • Aion -a longo prazo, longuíssimo, como também tempo vindouro. Reclama nossa entrega e rendição, a admissão de nossa finitude. Diante de AION, a duração de nossas vidas é comparada a um vapor, a uma pequenina flor que pela manhã floresce e à tarde voa ao vento. AION exige humildade: agradecer a Deus a oportunidade de entrar na existência e encarar a aventura de viver um privilégio, como gota que se alegra em participar do mar.
  • Kronos - é o tempo medido pelo relógio
  • Kairós - é um bloco de tempo; uma ocasião; uma oportunidade
Então Jesus pedirá a Deus e Deus nos dará um outro parakletos. Se é outro é porque já havia um, e este um é o Evangelho, a boa nova trazida por Jesus.

Vamos ler os versículos 16 e 17 novamente para ver se descobrimos quem é o parakletos:
a leitura dá a impressão de que o Consolador é o "espírito de verdade". Neste mesmo capítulo, versículo 6, Jesus diz:

"eu sou o caminho, a verdade e a vida". Sabemos, então, quem é o Espírito da verdade.

Vamos ver o que Jesus diz em 16:12-13:

12. "Muitas coisas ainda tenho para dizer-vos; mas não as podeis compreender agora. 13. Quando vier o Espírito da verdade , ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas do que ouvir, e vos anunciará as coisas futuras."

Jesus deixa claro que não nos ensinou tudo e que o nosso aprendizado terá continuidade, e que o continuador será o "espírito de verdade".

Jesus diz que o Espírito de verdade não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido - a mesma coisa que Jesus mais de uma vez diz a respeito de si mesmo como neste mesmo capítulo que estamos estudando, no versículo 10:

"As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo".

Ainda neste capítulo, versículo 3, Jesus diz que vai voltar :

"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também".

Se Jesus diz que vai voltar, se Jesus diz que não nos ensinou tudo, mas que o Espírito de verdade nos guiará em toda a verdade; e, principalmente, se Jesus disse que "ele" é a verdade, "o espírito de verdade" é o próprio Jesus.

Jesus diz que vai voltar. Jesus diz que é a Verdade, o Espírito de verdade que vem nos guiar em toda a verdade.
Já falamos, várias vezes, a palavra "VERDADE".

Verdade é a tradução da palavra grega alétheia.

Alétheia é o DESPERTAMENTO, o DESVELAMENTO do que ESTAVA ESQUECIDO. O CONSOLADOR vem lembrar o que estava esquecido, vem descobrir o que estava oculto por trás do véu do esquecimento.

Esse é o papel da verdade. Somos filhos de Deus, temos o conhecimento de nossa natureza espiritual e divina dentro de nós em estado latente. O papel da verdade é tirar o véu do esquecimento, é desvelar aquilo que está oculto, é revelar o conhecimento adormecido. Estamos no estado de letargia espiritual, esquecidos da nossa verdadeira natureza espiritual e divina. 




domingo, 22 de março de 2020

Purificação Interior

Na  Antiguidade a lepra era a mais terrível de todas as enfermidades.
Durante a Idade Média quando alguém contraía a lepra, o sacerdote devia colocar em si a estola, tomar o crucifixo e ler o serviço de defuntos. Para todo propósito humano esse homem tinha morrido.

Na Palestina, nos tempos de Jesus, ao leproso era proibida a entrada em Jerusalém e a todas as cidades muradas.
A Lei enumerava 61 contatos que podiam tornar o judeu impuro, e o segundo em importância, depois do contato direto com um morto era o contato com leprosos. Pelo fato de um leproso apenas introduzir a cabeça em uma casa, esta ficava poluída dos alicerces até as vigas do teto. Até em um lugar aberto era ilegal saudar um leproso. Os rabinos se escondiam ou saíam correndo cada vez que viam um leproso mesmo à distância.
Nunca houve uma enfermidade que separasse um homem de seus semelhantes como a lepra. E este homem foi o que Jesus tocou. Para um judeu a frase mais extraordinária de todo o Novo Testamento provavelmente seja: 

"Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe (ao leproso)"

Nesta história devemos notar duas coisas: o leproso se aproxima e Jesus responde, na aproximação do leproso há 3 elementos que convêm destacar:

  1. O leproso se aproxima com confiança. Não duvidava de que se Jesus quisesse, podia curá-lo - isto é FÉ. Nenhum leproso se aproximaria de um rabino ou de um escriba. Sabia perfeitamente que eles lhe jogariam pedras para afastá-lo. Mas este homem se aproximou de Jesus. Tinha perfeita confiança que Jesus daria as boas-vindas. Ninguém deve sentir-se impuro para aproximar-se de Jesus. O leproso, além disso, tinha perfeita confiança no poder de Jesus e tinha a segurança de que Jesus podia fazer o que ninguém poderia fazer. Ninguém deve sentir que a sua enfermidade, de corpo ou de alma, é incurável para Jesus.
  2. O leproso acudiu a Jesus humildemente. Não exigiu a cura, limitou-se a dizer: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me". Somente o coração humilde, consciente apenas de sua necessidade, é o que encontra seu caminho para Cristo.
  3. O leproso se aproximou com reverência, o leproso se prostrou diante de Jesus.
É suficiente que saibamos que ao estar na presença de Jesus nos encontramos ante o amor e o poder do Deus Todo-poderoso.
Sendo esta a atitude com que o leproso se aproximou de Jesus, produz-se, então, a resposta de Jesus.

Em primeiro lugar, sua reação foi a compaixão. A Lei dizia que Jesus não deveria tocar nesse homem; ameaçava-o com uma terrível impureza permitindo que o leproso se aproximasse dele. Mas Jesus estendeu a sua mão e tocou o leproso. Para Jesus a vida impunha somente uma obrigação - a de ajudar.  Havia somente uma LEI - a lei do AMOR.
O dever da compaixão, a obrigação do amor, tinham precedência sobre todas as outras regras, mandamentos e leis; esta obrigação o fazia desafiar todos os riscos físicos. 

Assim era Jesus. Deus é assim e nós devemos ser assim. Salvaguardando a nossa saúde física (Vida de Deus) ser solidário para com aquele que necessita é uma atitude cristã.

Jesus enviou o leproso aos sacerdotes e que, este, se submetesse a todo o processo que certificasse que estava saudável.
Esta ordem de Jesus também nos ensina algo.

Recomendou-lhe que não descuidasse o único tratamento que se conhecia naqueles dias. 
Não recebemos milagres descuidando o tratamento que a medicina e a ciência põem a nosso alcance.
Devemos fazer tudo o que é da nossa parte e rogar que Deus coopere com nossos esforços. Os milagres não acontecem ficando de braços cruzados à espera que Deus faça tudo, antes são o resultado do esforço cheio de fé do homem e da graça ilimitada de Deus.

Em Lucas 17, 11-14 fala-nos que Jesus caminhava para Jerusalém e, dez leprosos que passavam à distância, começaram a gritar.

"Senhor, Senhor, cura-nos da lepra que nos está consumindo". E, Jesus, volta-se para eles e diz: 
" Ide apresentar-vos ao sacerdote".
E eis que creram na palavra de Jesus, começaram a caminhar e ficaram totalmente curados, com a pele do corpo totalmente limpa da doença e a saúde perfeita. Quando Jesus lhes disse para irem ao sacerdote, é porque só ele poderia libertá-los para que fossem reintegrados à vida em sociedade, estando totalmente curados. 
Jesus ia continuar a caminhada, quando um daqueles que foram curados, justamente um samaritano (povo que não aceitava Jesus), volta correndo, gritando e glorificando o Senhor pelo milagre conseguido e joga-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra.

Jesus olha para ele e, voltando-se para os que o seguiam, diz:

"Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? Só este estrangeiro voltou para agradecer? Levanta-te, vai pelo teu caminho, a tua fé te salvou".

Quantas vezes nós, cada um com suas doenças e problemas, imitamos esses homens cheios de defeitos e erros, cheios de orgulho e vaidades, vivendo em dissensão dentro das nossas próprias famílias, com raiva e, até ódio às vezes, criando na nossa vida "uma lepra" que destrói a alma e, quando nos encontramos com a Verdade e queremos retomar a vida normal, a vida que nos realiza como filhos de Deus, rogamos e imploramos que Ele nos salve e... ELE SALVA!

Voltamos para agradecer como fez aquele leproso? Ou fazemos como os nove que foram embora sem agradecer?

Acostumemo-nos a fazer, sempre que estivermos à beira de falarmos ou fazermos coisas que nos afastam dos caminhos do Senhor, a uma revisão de vida para percebermos o quanto somos felizes, mesmo com as dificuldades que todos temos.


Livro de referência: Alguém me tocou porque eu senti que de mim saiu poder, José Carlos De Lucca










sábado, 21 de março de 2020

Conhecer e mudar

 Corinto era a capital da Acaia, situada no sul da Grécia. Paulo pregava com convicção, persuadido da mensagem de Cristo. Ele não confiava nas aparências da carne, e sim na verdade no coração. Outros o julgavam louco, mas ele continuou servindo a Deus, pois os que estão em Cristo são novas criaturas.

Em Coríntios 6:17: "Mas quem se une ao Senhor faz-se um só espírito", mostra-nos a grande diferença entre a morte e as trevas do passado e a vida e a luz em Cristo.
Infelizmente, algumas pessoas torcem o sentido do versículo para justificar o pecado (ilusão). Sugerem que a pessoa que praticava pecado pode continuar nas mesmas práticas, porque agora Jesus redimiu todos os pecados. Mas, Ele mostrou pela sua paixão na cruz que lavou com seu sangue os pecados da humanidade - salvou, perdoou o pecador. Ele não justificou o pecado. Mas, nos deu a condição de sermos novas criaturas, deixando de praticar as coisas condenadas pelas Leis Divinas. 

Ou será que vocês "não sabeis que os injustos não possuirão o reino de Deus? Não vos iludais: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros,(...) nem os pederastas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os assaltantes possuirão o reino de Deus. E alguns de vós éreis isto, mas fostes lavados; mas fostes santificados; mas fostes justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus. Tudo me é lícito, mas nem tudo convém"  (Coríntios 6: 9-12).

Qual é a sua relação com Cristo? Apenas admirador? Ou, você se sente unido a Jesus?
A diferença está no grau de transformação íntima.

 As palavras de Paulo, a união com o Cristo nos torna uma nova pessoa, nos obrigam a fazer um balanço de nossa vida:
  • O que mudou em nós a partir do momento em que tomamos consciência dos ensinamentos de Jesus?
  • Sou uma pessoa que está se renovando ou continuo a mesma de antes?
É claro que não há transformações radicais, feitas da noite para o dia, mas algo em nossa vida precisa ir mudando, a partir do momento em que temos Jesus por nosso Mestre.

Estar unido a Cristo é fazer com que o eixo central da nossa vida se estabeleça de acordo com a escala de valores e prioridades que Ele nos apresentou no Evangelho. A tal propósito, Jesus nos fez esta pergunta: 

"Por que vocês me chamam 'Senhor, Senhor' e não fazem o que eu digo? (Lucas 6, 46)

  • Sendo do meu conhecimento que Jesus pede para não julgarmos o próximo, por que insisto em atirar pedras nos outros, se o meu próprio comportamento não é isento de erros?
  • Se Jesus exalta o valor da humildade, por que ainda deixamos o orgulho nos cegar a visão?
  • Tendo Jesus pregado o perdão até no momento da cruz, por que ainda nos deixamos levar pelo sentimento de vingança?
  • Se Jesus deixou o amor como o maior dos mandamentos por que ainda vivemos pensando exclusivamente em nós mesmos?
São perguntas que o próprio Cristo está nos formulando. Jesus quer nos ajudar, pois Ele revelou para nós os mecanismos de atuação das Leis Divinas.

Livro de referência: Alguém me tocou porque eu senti que de mim saiu poder, José Carlos De Lucca

sexta-feira, 20 de março de 2020

Vigiem comigo

Retorno, depois de um interregno longo, neste meio de escrita. A cada fase, apresenta-se uma nova forma de buscar conhecimento nesta jornada terrena. Este tema, fez parte de um momento especial que procurei levar o fruto de minha busca para uma palestra.

Para saber: Getsêmani - (literalmente "prensa de azeite") é um jardim no sopé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém (atual Israel), onde Jesus e seus discípulos oraram na noite anterior à crucificação de Jesus.

No Evangelho de Mateus (26: 26-46), temos que Jesus, após a última ceia, e sabedor de que seu fim era próximo, dirigiu-se ao Getsêmani, levando consigo Pedro, Tiago e João. Era noite, e quando chegou ao local, assim lhes disse:

"Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar (...) A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo".

 Obs.: Vigiai, especificamente neste caso, equivale a "estado de quem à noite se conserva desperto, atento, velando ou tomando conta de algo ou de alguém"

Depois dessas palavras, Jesus se afastou e orou a Deus:

"Meu pai, se possível passe de mim esse cálice (imagem usada para se referir a um sofrimento, castigo ou prova difícil). Todavia, não seja como eu quero,e sim como tu queres".

E, voltando para os discípulos, encontrou-os dormindo, e disse a Pedro:

"Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai , (ou seja, fiquem acordados, e orando comigo) para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca".

Podemos afirmar que a intenção dos discípulos até era manterem-se despertos, mas cederam à tentação do sono.

"Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo : Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba (multidão) com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar; é esse, prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam".

Vamos pensar nesta passagem do Evangelho (Mateus):

Todos dormiram! Jesus, na hora de maior necessidade da oração nos derradeiros momentos antes de ser tomado como prisioneiro pela traição de Judas que Ele tanto ajudou, compreendeu e perdoou, TODOS DORMIAM. E nós? O que fazemos nós senão estar em estado de total letargia? Continuamos a "dormir"!

Pilatos era o representante de Roma, se Jesus fosse condenado por Roma seria mais um rebelde político a ser morto por Roma. Mas Jesus foi morto pelos seus. E é essa recusa ao Cristo (significa Ungido) que nós temos que superar até hoje. Matamos o nosso Cristo interno cada vez que negamos a nossa Natureza de filhos de Deus e nos deixamos dominar pelo ORGULHO e pelo EGOÍSMO.

Jesus foi humilhado e açoitado pelos romanos. Simão, o Cireneu foi obrigado pelos soldados romanos a ajudar Jesus a carregar a cruz até o Gólgota, local onde Ele foi crucificado (calvário). A exemplo de Cireneu devemos ajudar o próximo a carregar a sua cruz mas não podemos morrer por ele; cada um é responsável pelo seu próprio destino.

Os episódios que antecedem a morte de Jesus foram marcados por atos:

  • extrema injustiça
  • extrema crueldade
  • traição
O Reino de Deus é o reino interno. Deus está dentro de cada um de nós. 
A morte na cruz simboliza a vitória sobre a matéria. A própria cruz representa o corpo material.
O Evangelho é o roteiro para o abandono da necessidade material. Jesus nos legou com o seu exemplo o roteiro que devemos seguir para a superação desse estágio da nossa evolução.

O que você tem sido de Jesus?
Uma coisa é ser "admirador" de Jesus e outra é estar UNIDO a Ele. Se acredita em Jesus como o Filho do Pai, a maneira com que tudo aconteceu (mesmo não tendo a capacidade humana de entendermos) faz parte de sua MENSAGEM. 

Será que aprenderemos um dia o suficiente para ter válido a sua morte na cruz?


Livro de referência: Alguém me tocou porque eu senti que de mim saiu poder, José Carlos De Lucca