domingo, 30 de abril de 2017

Estudos de Doutrina Espírita

A) Noções de Mediunidade

1) O que é mediunidade?

Mediunidade é a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos denominados médiuns, de servirem de intermediários entre os mundos físico e espiritual.
A mediunidade é inerente ao organismo, como a visão, a audição e a fala, daí qualquer um pode ser dotado dessa faculdade.
É uma conquista da alma, daí, a necessidade de oração e vigilância, de reforma íntima, isto é, da substituição de defeitos e vícios, por qualidades e virtudes, de uma conduta moral irrepreensível, para que possa sintonizar-se com espíritos de hierarquia mais elevada.
Evangelizando-se, estudando muito, dando a cota de tempo de que possa dispor e, principalmente, seguindo lições como a que consta no Cap. XXVI, do E.S.E.: "Dai de graça o que de graça recebestes".

2) Quais são as consequências do estudo da mediunidade?

O estudo da mediunidade tem, segundo Kardec, as seguintes consequências:
"(...) provar materialmente a existência do mundo espiritual. Sendo o mundo espiritual formado pelas almas daqueles que viveram, resulta de sua admissão a prova da existência da alma e a sua sobrevivência ao corpo. As almas que se manifestam, nos revelam suas alegrias ou seus sofrimentos, segundo o modo porque empregaram o tempo de vida terrena; nisto temos a prova das penas e recompensas futuras. Descrevendo-nos seu estado e situação, as almas ou Espíritos retificam as ideias falsas que faziam da vida futura (...) Passando assim a vida futura do estado de teoria vaga e incerta ao de fato conhecido e positivo, aparece a necessidade de trabalhar o mais possível, durante a vida presente (...) em proveito da vida futura (...) A demonstração da existência do mundo espiritual que nos cerca e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das forças da Natureza e, por consequência, a chave de grande número de fenômenos até agora incompreendidos, tanto na ordem física quanto na ordem moral. (Federação Espírita Brasileira)

3) Qual o principal inimigo do médium?

O primeiro inimigo do médium reside nele mesmo. Frequentemente é o personalismo (ação de atribuir tudo a si), a ambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos. 

"Contra esse inimigo é preciso movimentar as energias íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade, pela boa vontade, com o melhor esforço de auto-educação, à claridade do Evangelho".

4) Por que o médium deve evangelizar-se?

A maior necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo (ação de atribuir tudo a si), em detrimento de sua missão.

5) Como se estabelecem as relações entre médiuns e Espíritos?

Estabelecem-se por meio dos seus perispíritos. A facilidade dessas relações depende do grau de afinidade existente entre os dois fluídos. Há uns que facilmente se assimilam e outros que se repelem; daí se conclui que nem todo médium pode comunicar com todo Espírito. Há médiuns que não se comunicam senão com certos Espíritos, ou com certas categorias de Espíritos, ao passo que há outros que o não fazem senão por transmissão do pensamento, sem quaisquer manifestações exteriores.
Pela assimilação dos fluídos perispirituais, o Espírito se identifica com a pessoa sobre a qual quer influir e não somente lhe transmite os pensamentos, como pode exercer sobre ela uma ação física. Os bons Espíritos servem-se dessa influência para o bem, os maus para o mal.

Leitura Aconselhada - Capítulo XIV do Livro dos Médiuns

sábado, 29 de abril de 2017

Necessidade da caridade segundo Paulo

A) Necessidade da Caridade segundo Paulo


Toda moral ensinada por Jesus, se resume em duas simples palavras: Caridade e Humildade, isto é, nas duas maiores virtudes em que devemos concentrar todas as nossas forças em desenvolvê-las, se pretendemos  erradicar de nosso espírito o egoísmo que até hoje nos mantêm presos às teias da ignorância.

O Mestre Maior de todos nós não se limitou apenas a recomendar a caridade, põe-na como condição absoluta para a conquista da felicidade futura, assegurando-nos que as ações empreendidas pelos caridosos com certeza lhes assegurarão uma melhor posição no futuro quando a justiça divina nos chamar para a prestação de contas, como nos ensinou também em outra oportunidade "a cada um segundo as suas obras".

A Caridade Segundo Paulo

"Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se, todavia, não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca, jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes: porém a maior delas é a caridade". (Paulo, I Coríntios, 13:1-8 e 13)

Segundo Paulo, quais as características da caridade?

Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que coloca a caridade acima da fé, porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e, ainda, porque independe de toda a crença particular. E define a verdadeira caridade, mostrando-a não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

"Fora da caridade não há salvação", essa máxima de Paulo é reforçada em 1860 em Paris, numa comunicação, dizendo: "Pois nela estão contidos os destinos dos homens sobre a terra e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor".
Encerrando a sua mensagem, traz a exortação:

"Meus amigos, agradecei a Deus, que vos permite gozar a luz do Espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristãos. Fazei, pois, que, ao vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam".


B) Parábola do Bom Samaritano

"E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E respondendo ele, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E, disse-lhe: Respondeste bem; faze isto e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: 'Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou ao largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar; e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e pondo sobre sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. Partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar'.
"Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: o que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira". (Lucas, 10:25-37)

Na parábola do Bom Samaritano, considerado herético (herege= ateu; ímpio; incrédulo), mas que naquele momento pratica o amor ao próximo, Jesus coloca-o acima do ortodoxo (aquele que está em conformidade com os princípios tradicionais de qualquer doutrina) que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas designa como condição única. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e também porque significa a negação absoluta do orgulho e do egoísmo naquele que a pratica.

Procuramos entender o que significam vários personagens citados por Jesus na "Parábola do Bom Samaritano". Cairbar Schutel, diz ser o viajante ferido, a humanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelos poderosos do mundo; o sacerdote e o levita, aqueles que não se preocupam com os interesses da coletividade; o samaritano que se aproximou e atou as feridas, é Jesus. O azeite, o símbolo da fé, e, o vinho, é o espírito da sua Palavra; os dois dinheiros, são a caridade e a sabedoria.

Muitos cresceram ao praticar o bem, com o uso do livre-arbítrio; outros, ainda hoje estão lendo as páginas belíssimas em que se afirma que "fora da caridade não há salvação"; e há os que desejam ser os samaritanos de hoje e que sabem também, que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão, são uma só pessoa.

Explicação complementar para melhor compreensão do tema:

Levita - os levitas se tornaram ministros de Deus. Dentre eles, alguns eram sacerdotes (família de Aarão) e os outros, seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas ("descendente de Levi", que era um dos 12 filhos de Jacó), tornou-se habitual separar os dois grupos. Então, muitas das vezes em que se fala sobre os levitas no Velho Testamento, a referência se aplica aos ajudantes dos sacerdotes. Seu serviço era cuidar do tabernáculo (espécie de tenda ou barraca móvel; a planta dessa espécie de "barraca" montada no deserto foi dada por Deus a Moisés, que comandou a sua construção) e de seus utensílios; inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto.

Samaritano - o povo samaritano não se considera um povo judeu, e sim descendentes dos antigos israelitas que habitaram a histórica província de Samaria. Os Samaritanos eram considerados impuros pelos judeus.


Amor e Sabedoria

O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe (globo, mundo) terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do adiantamento moral sobre o adiantamento intelectual, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas".(Emmanuel)

Emmanuel retomou o assunto para lembrar que o túmulo é uma porta à renovação, assim como o berço é acesso à experiência, e que nosso estágio na Terra é uma viagem com destino às estações do progresso maior. E advertiu: "sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida".

Eis providências que não poderiam faltar nas metas que traçamos relativamente à nossa própria existência, nem deveriam ser ignoradas pelos pais no que se refere ao processo educacional de seus filhos.

Parentesco corporal e espiritual - continuação

B) Parentesco corporal e espiritual

"Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas, deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para o fazer progredir".

"Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são o mais frequentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas, pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova.

Quais são os verdadeiros laços de família?

Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornar-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências.

Quais são as duas espécies de famílias existentes?

Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual.

O que Jesus quis dizer com a expressão "eis minha mãe e meus irmãos"?

Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: "Eis minha mãe e meus irmãos", ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois 'quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe'.




sexta-feira, 28 de abril de 2017

Casamento e divórcio

A) Casamento e Divórcio

Atraímos e somos atraídos irresistivelmente por pessoas com quem tenhamos laços significativos. Amor e ódio ligam os espíritos através dos séculos, às vezes milênios. Essas ligações podem ser interrompidas quando o sentimento de amor é elevado, e cada um pode continuar a sua escalada evolutiva individual, sem se enredar no apego; ou podem ser sanadas ou terminadas quando há o perdão ou o entendimento entre os contendores. A palavra perdoar, no sentido que nos é trazido nos Evangelhos, tem justamente este significado: desligar.
Então, se é verdade que podemos ser atraídos por pessoas "certas", como quem nos afinizamos, também é verdade, e muito mais comum em nosso estágio evolutivo, que somos atraídos por espíritos que reencarnam próximos de nós para que nos reajustemos uns com os outros.

A maior causa das obsessões crônicas são os problemas amorosos: traições, abandono, rejeição, assassinatos passionais.

Não podemos subir um degrau evolutivo sem superar a prova equivalente ao degrau em que estamos. Se esta prova é um relacionamento difícil, não podemos simplesmente fugir dela. Isso é adiar essa prova para um futuro provavelmente com circunstâncias mais difíceis.

Somos responsáveis pelos nossos afetos e pelos compromissos que firmamos. O abandono destes compromissos acarreta, inevitavelmente, "carma" entre as pessoas envolvidas. Quando o casamento envolve filhos, são mais espíritos envolvidos, quase sempre obedecendo a um planejamento da espiritualidade maior que cuidou para que tivéssemos oportunidade de nos reunirmos sob o mesmo teto na tentativa de re-harmonização. Numa mesma família se reencontram inimigos ferrenhos, rivais de muitas existências, cúmplices de crimes praticados contra outros membros da família.
A família é o laboratório espiritual na Terra.

Nosso entendimento ainda é primário, somos crianças espirituais. Se uma criança, no caminho da escola, foi convidada a dar um passeio em boa companhia - matar aula - em vez de ir à escola, ela muito provavelmente achará isso bem mais interessante do que ficar sentada aprendendo coisas. Mas a aula que ela está perdendo lhe fará falta; o que ela precisa hoje, na sua idade, é estudar, e isso pressupõe a presença obrigatória em sala de aula.
Por isso é importante tentar até onde for possível.

As pessoas que encontramos fora do casamento podem nos parecer muito interessantes unicamente pelo fato de estarmos entediados, desgostosos ou decepcionados com o casamento. Quando estamos carentes não precisa muito para despertar uma paixão, que é facilmente confundida com um grande amor.

Podemos encontrar, realmente, alguém com quem tenhamos laços de amor.
Cada pessoa sabe de si - ou deveria saber - e cada um deve saber até que ponto é possível manter um relacionamento conjugal.
Todos têm o direito de novas chances, de tentar de novo, afinal, ninguém nasce para sofrer. Mas há que se pesar com muito cuidado os prós e contras.

A separação constitui atitude que nunca deve ser assumida antes de profunda análise e demorada meditação que levem à plena consciência das responsabilidades envolvidas.

A criatura humana precisa tomar muito cuidado com as chamadas "lesões afetivas", pois ninguém tem o direito de brincar com os sentimentos de ninguém. Precisa amadurecer, preparar-se para o amor e se educar, para ser feliz. Toda atitude de leviandade, mormente no campo sentimental, é uma dívida dolorosa que o indivíduo vêm a contrair. 

O Espiritismo não é doutrina do não e sim da responsabilidade.

Viver é escolher, é optar, é decidir. Somos livres para escolher, mas responderemos por essa escolha. Na lei divina, a semeadura é voluntária; mas a colheita é sempre obrigatória.

Leitura complementar: 
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXII 
Livro: O Espiritismo Aplicado - Introdução ao tema, págs. 76 a 82
Livro: Fronteiras do Espiritismo e da Ciência - págs. 124 a 127; 139-140; 144 a 146

Evangelho no Lar

B) O Evangelho no Lar

Lar, a nossa primeira escola, quando o Espírito tem a oportunidade de vestir a roupagem da inocência e da candura, passando pela fase do esquecimento e chega às mãos dos pais, na graça e na ternura de uma criança.

Jesus disse: "A paz do mundo começa entre quatro paredes". Seremos lá fora, no grande campo de experiência pública, aquilo que aprendermos no Lar.
Cabe aos pais, através da prática constante dos ensinamentos de jesus edificar ser "Lar" nos alicerces profundos e firmes do Amor e da comunhão familiar.

Disse Jesus. "Onde estiverem duas ou mais criaturas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei".(Mateus, 18:20)

Estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar:

  • é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam
  • permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos
  • ampliando o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança ao próximo, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra
  • as pessoas, unidas por laços consanguíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa, buscando, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, conjugês e irmãos
  • através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer
  • aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça
  • se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação
  • com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana
  • mais conscientes de que somos espíritos devedores perante as Leis Universais, procuramos nos conduzir dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo melhor os revezes da vida
  • quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e horário semanal estabelecido, atrai para o convívio doméstico Espíritos Superiores que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos
  • a presença de Espíritos Iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior que desejam a desunião e a discórdia
  • o ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao BEM estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas
  • as pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência Cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores
Roteiro para realização do Evangelho no Lar - consultar a última página do E.S.E.

Obs.: No culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. Sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus para o aprendizado cristão.
Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea (Centro Espírita credível).

As crianças devem, também, participar do Culto. Nesses casos, os adultos tecerão os comentários ao nível de entendimento delas.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Desertos sem fim - Mensagem - 23/03/2017

                                                                               Desertos sem fim,
assim caminhas há tanto tempo... continuas com passos, ora largos, ora estreitos e cambaleantes, por vezes chegas a desmorecer e cais em prantos, desnorteado, a sentir a ardência do calor que te queima as entranhas mais profundas. O que fazes nesses momentos de extrema aflição? A quem ou a que recorres?! Normalmente, lanças mão daquilo a que tens acesso que, por ventura está ao teu redor, outras vezes, buscas resquícios reminiscentes de amor que ainda encontras à superfície da tua alma e, mesmo não acreditando ser merecedor de recebê-lo, em desespero de sobrevivência nele te apoias para te levantares... e, assim segues, vezes sem conta, caminhante inseguro de pernas tremulas sempre receoso de voltares ao chão.
Tens vivido numa procura incessante de ajuda exterior que te faça encontrar a saída da imensa vastidão desse deserto que sentes não ter fim.
Não percebes, porém, que o que tens feito não é senão admitires a ti mesmo a tua impotência frente à tua própria vida.
Irmão, não achas que já basta?! Que já perdeste tanto tempo, olha para ti mesmo... já se foram tantas vidas... Atenta para a proposta Divina, para cada estadia por estas paragens, ela não é senão a de crescimento, florescimento do Espírito para o desabrochar da sua pureza original de filho do Pai na vida eterna.
Por que teimas em continuar nessa condição de peregrino do deserto se tens o paraíso no teu próprio Ser de filho de Deus?! Vira-te para o teu Altar interior, manancial inesgotável de tudo que necessitas para saciar a ti próprio e para doar a todos aqueles que, tal como tu, ainda carecem de ajuda.
Vem. Não esperes mais. Agora é a hora.
Sabes, agora, o Caminho. Caminho de verdes prados, fontes inesgotáveis e seara farta.
Estamos, há muito tempo, a tua espera, rejubilantes por teres deixado para trás o ilusório deserto sem fim.

                                                           Louvado seja Deus!



Jesus no Lar

       A)  Jesus no Lar

A palavra evangelho vem de duas palavras gregas, que quer dizer “Boa mensagem” ou “Boa Notícia” ou “Boa Nova”.

O primeiro culto do Evangelho no Lar foi realizado por Jesus, na casa de Simão Pedro, conforme nos relata o Espírito Néio Lúcio no livro Jesus no Lar.
Naquela ocasião, o Mestre levou todos os presentes a refletirem que, se não conseguissem viver em harmonia no próprio lar, com seus entes mais próximos, como podemos intentar viver em paz fora do lar?

“Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversa que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
- Simão, que faz o pescador, quando se dirige ao mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou por alguns momentos e respondeu-lhe hesitante:
- Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
- E o oleiro? Que faz para atender à tarefa que se propõe?
- Certamente Senhor, redarguiu o pescador intrigado, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
O amigo celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
- E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
- Lavrará a madeira, usará o enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus por alguns instantes, e aduziu:
- Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendermos a viver em az, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se não nos habituarmos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
- Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procurem a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor, o alimento para cada dia. Por que não instalar ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se murmurou, tímido:
- Mestre seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.”

Jesus deixava, assim, um roteiro seguro para nossas vidas e para o fortalecimento dos laços familiares.

Independentemente do credo que se professe esta reunião semanal da família para o estudo do Evangelho é imprescindível, além dos benefícios pessoais, esta prática torna Jesus presença constante em nossos lares, assim como afasta toda influência negativa.

André Luiz, no livro "Os Mensageiros" nos diz: "Quando no Lar são levantadas paredes espirituais com substâncias sublimes do amor, dedicação e ligação com Jesus, isolando o lar da atmosfera miasmática da crosta, somente entram nesse ambiente, Espíritos autorizados, mesmo assim, aqueles que o guardam, terão que abrir a porta".

Por isso quando abrimos nossa casa e nosso coração para o Evangelho estamos acendendo a luz no lar e fazendo com que as trevas batam em retirada.

O Evangelho segundo a Doutrina Espírita - Continuação

B) O Evangelho Segundo o Espiritismo

"O Espiritismo arrancou o Evangelho das sombras místicas das concepções dogmáticas e o apresentou ao povo, indistintamente, aberto e refulgente, expressivo e edificante, como a força que mais poderosamente realiza transformações morais, no mais íntimo das almas, e impulsiona os homens para as luzes da redenção."

                                                              Edgar Armond, no livro "O Redentor"

Por que o Espiritismo prega o Evangelho?

Porque sabe que sem ele não passaria de uma doutrina estéril; poderia responder a muitas indagações e corresponder a muitos anseios da alma humana, mas sem o Evangelho, o Espiritismo, assim como todas as outras religiões, não a fecundaria para o bem e para a moralidade.
Já afirmou Jesus em seu Evangelho:"Toda a árvore que meu pai não plantou, será arrancada e jogada ao fogo". Por estas palavras ele preconiza a extinção de todas as religiões que não seguirem o roteiro luminoso do Evangelho. Assim, para que o Espiritismo se torne a árvore frondosa, a cuja sombra revigorante se abrigue a humanidade, é necessário que seus adeptos pautem seus atos, por insignificantes que sejam, pelo Evangelho. Do contrário, o Espiritismo também se tornará uma árvore seca, como tantas outras.


O que é o livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo?


  • foi publicado em abril de 1864
  • dá explicações das máximas morais de Cristo de acordo com o Espiritismo, explorando suas repercussões filosóficas e éticas
  • foram reunidos nesta obra os artigos que podem constituir, um código de moral universal, sem distinção de culto
  • as instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho
  • entre as cinco obras básicas codificadas por Allan Kardec, é a que dá maior enfoque a questões éticas e comportamentais do ser humano
  • traz, ainda, um estudo sobre o papel de precursores do cristianismo e do espiritismo que teria sido desempenhado por Sócrates e Platão, analisando diversas passagens legadas por estes filósofos que demonstrariam claramente essa condição
Enquanto o Livro dos Espíritos apresenta a Filosofia Espírita, o Livro dos Médiuns a Ciência Espírita, o Evangelho Segundo o Espiritismo oferece a base e o roteiro da Religião Espírita.

Na introdução Kardec explica o objetivo da obra, esclarecimentos sobre a autoridade da Doutrina Espírita, a significação de muitas palavras frequentemente empregadas nos textos do Evangelho, a fim de facilitar a compreensão do leitor para o verdadeiro sentido de certas máximas de Cristo.

Ainda, na introdução, refere-se a Sócrates e Platão como precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo. 

A obra compõe-se de 28 capítulos, 27 dos quais dedicados a explicação das máximas de Jesus, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às situações da vida.

O último capítulo apresenta uma coletânea de preces espíritas, sem tanto constituir um formulário absoluto.

Os ensinamentos são adaptáveis a todas as pátrias, comunidades e raças. É o código de princípios morais do Universo, que restabelece o ensino do Evangelho de Jesus, no seu verdadeiro sentido, isto é, em Espírito e Verdade.

Sua leitura e estudo são imprescindíveis aos espíritas e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independentemente, da crença religiosa.
É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um mundo de PAZ e FRATERNIDADE.

Leitura sugerida: Introdução do E.S.E



quarta-feira, 12 de abril de 2017

A Parábola do Semeador

A) A Parábola do Semeador

O que é uma parábola?

O termo "parábola" provêm do grego parabole que indica a colocação de coisas uma ao lado da outra para fins de comparação.
Jesus usava constantemente parábolas no exercício do ministério de Seu ensinamento.
A originalidade das parábolas de Jesus não consiste tanto em seu conteúdo como na finalidade que ele tem em mente ao contá-las. Para Ele é mais do que apenas recurso didático destinado a iluminar e esclarecer o significado de algum texto bíblico; é antes de tudo uma forma de proclamação - as parábolas são a própria pregação.

As parábolas são narrativas dos seres humanos interagindo nas questões sociais, políticas e econômicas.
Jesus falava de um modo simples, para que todas as pessoas entendessem sua mensagem, contando histórias e fazendo comparações - as parábolas.
Jesus observava o que acontecia no dia-a-dia com as pessoas e tirava lições disso para ensinar a todos.
Jesus falou a seus discípulos. "Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer; que não compreenderíeis, por isso é que vos falo por parábolas. Mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador; o Espírito da Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-los explicará todas". (Jo, 14 e Jo, 16)

Ler: O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs. 26-27
https://evangelhoespirita.wordpress.com/

A parábola do Semeador

"Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à borda do mar. E vieram para ele muitas gentes, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou; e toda a gente estava em pé na ribeira. E lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis aí que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram as aves do céu, e comeram-na. Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol a queimou, e porque não tinha raiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e cresceram os espinhos, e estes a sufocaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem ouvidos de ouvir, ouça". (Mateus, 13:1-9).

Como se pode comparar as sementes da parábola às diferentes categorias de espíritas?


  • ouve a palavra e não a entende, vem o mau e arrebata o que se semeou no seu coração - este é o que recebeu a semente junto da estrada
  • ouve a palavra e a recebe com alegria mas como não tem raíz em si mesmo, chegando as angústias e perseguições, ofende-se - este é o que recebeu a semente no pedregulho
  • ouve a palavra, porém os cuidados deste mundo e o engano das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutuosa - este é o que foi semeado entre espinhos
  • ouve a palavra e a entende, e dá fruto; e assim um dá cento, e outro sessenta, e outro trinta por um - este é o que recebeu a semente em boa terra 
A parábola da semente representa perfeitamente as diversas maneiras pelas quais podemos aproveitar os ensinamentos do Evangelho. Quantas pessoas há, na verdade, para as quais eles não passam de letra morta, que, à semelhança das sementes caídas nas pedras, não produzem nenhum fruto.

A semente é a palavra de Deus.

A "santa semente" é a partícula divina que cada um de nós tem dentro de si, o nosso Cristo interno. O nosso Cristo interno é a manifestação de Deus na existência - tudo o que existe é manifestação de Deus. O Cristo que cada um tem dentro de si, à espera de desenvolvimento, é essência de Deus manifestada na existência.



sexta-feira, 7 de abril de 2017

O Valor da Prece

B) O Valor da Prece


O que é a prece?

"A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer." (L.E., 659).

Quando orar?

Devemos orar no começo e no fim de cada trabalho: no começo para elevarmos nossa alma e atrairmos os Espíritos esclarecidos e bons, e no fim, para agradecermos os benefícios e ensinamentos que houvermos recebido.

Como devemos orar para que a prece tenha valor?

Seja a nossa prece curta, humilde e fervorosa, muito mais um transporte do nosso coração do que uma fórmula decorada. A prece, para ser eficaz, não deve ser uma recitação, mas um ato de vontade capaz de atrair as boas vibrações do Plano Espiritual e as irradiações do Divino Foco.
A prece deve ser improvisada de preferência, porque assim a preocupação com o que estamos dizendo, prende a nossa atenção e favorece o nosso desprendimento. Não é a quantidade de palavras que representa o verdadeiro sentimento da criatura.
"A prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições das leis divinas, mas, a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias. A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade superior." (Emmanuel, p.19)

Qual é o valor da prece?

"Ninguém pode imaginar; enquanto na Terra, o valor, a extensão e a eficácia de uma prece, nascida na fonte viva do sentimento." (Mediunidade no Lar, mensagem de Emmanuel)

O "Pai Nosso" é a que por consenso ocupa o primeiro lugar, quer porque foi ensinada pelo próprio Mestre, quer porque a todas pode substituir, conforme o pensamento que se lhe atribui. É o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade em sua simplicidade. Apesar de breve, resume nas suas sete proposições todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo; é uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão, o pedido de coisas necessárias à vida e o princípio da caridade.

Leitura complementar: Livro dos Espíritos, questões: 658 a 666