terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Seara do Amor

Eis que é chegada a hora
Somos todos chamados para o trabalho
a nota de urgência se faz presente
pela secura da terra,
na deterioração dos grãos para o plantio e,
pelas alterações do tempo.

É tempo de grandes mudanças
e (trans)formações internas
volvendo de dentro para fora
o poder da energia criativa,
renovadora contida em cada grão.

Irmãos,
a génese de cada grão contém os
segredos da ancestralidade
e a herança para a vida eterna,
não desperdiçais um só grão
na tua sementeira diária.
Persiste, persevera, não desistas jamais.

Ante às intempéries, aguarda o bom tempo
Se o vento forte te faz rodopiar,
senta e silencia tua alma.
Se a chuva fustiga teu corpo,
recolhe-te ao aconchego de teu
Altar - no centro de teu coração.
Aquieta-te,
                confia!

Tão logo, o Sol (Luz) reaparecerá
Abre teus braços, eleva teu
pensamento ao Pai em Graças e
segue adiante.

Louvado seja o Senhor!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Breves considerações filosóficas referentes à espiritualidade

Epicuro proclamava-se um terapeuta do espírito, médico das almas e cirurgião das paixões. 
Postulava:"A morte não é nada para nós".
Assim como Aristóteles acreditava que o maior objetivo da vida era a FELICIDADE. E que, a nossa dificuldade de atingi-la residia no medo da morte.
Destarte, se propôs a resolver o impasse: se a morte é o fim das sensações, ela não pode ser fisicamente dolorosa, e, se é o fim da consciência, não pode causar dor emocional, ou seja, não há nada a temer. Assim sendo, superado esse medo, podemos ser FELIZES.

Para Platão, porém, haveria necessidade de superar o estado ilusório em que vivemos. Ele nos conta a sua teoria através da fábula de prisioneiros que foram acorrentados em uma caverna escura quando eram crianças. Tudo o que conheciam do mundo eram sombras da vida real projetadas nas paredes, ou seja, cópias imperfeitas das coisas, que conservam suas formas verdadeiras no mundo das ideias, uma espécie de paraíso onde está guardado o padrão de tudo o que existe verdadeiramente. O que viam seria esse mundo dos sentidos no qual vivemos, recheado de cópias defeituosas de tudo o que existe no plano superior. 
Platão com o clássico "Mito da Caverna", se referia a caverna como o mundo em que vivemos, e as sombras, representando o modo como enxergamos tudo.
Analogamente, Masaharu Taniguchi, refere que vivemos no mundo fenomênico (mundo das formas). Mundo esse, da tridimensionalidade. Tudo que esteja pra além da nossa capacidade de percepcionar através dos sentidos físicos (sombras projetadas) desconhecemos a sua real existência. Entretanto, se atentarmos para a Imagem Verdadeira (Jissô) existente no nosso interior poderemos visualizar a verdadeira perfeição de filhos de Deus.

A proposta segue, segundo o autor, em olhar para a Imagem Verdadeira (feita à imagem e semelhança do Pai) existente no interior do filho de Deus e visualizar os Seus atributos: a Sabedoria, o Amor, a Vida, a Alegria, a Harmonia e a Provisão Infinita de Deus. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Incredulidade

Nascidos do Amor
Vivências repletas de vida consagrada ao Bem Maior
Exemplos modelados na pureza d'Alma

A cada tempo, o que era próprio de seu tempo;
A cada ação, o desvelo da primazia de acerto e prazer;
A cada passo, um sentimento de dever cumprido.

O que aconteceu?! Afinal...
Aonde se encaixam as leis universais!?
"Filhos criados, trabalhos dobrados"
Até aí eu vou, mas onde cabe a ironia, o desdém, a revolta, a frieza!?...

Escolhas foram feitas pelo uso do livre-arbítrio,
lágrimas mil foram derramadas por antever o final da história e,
afinal donde advém essa revolta!? Essa necessidade de magoar!?
Ferir quem se ama!...

Nada lhes condói na alma.
Alma!?
Onde essa estará a esta altura!?

Eu nada vejo, compreendo...
Apenas SINTO!
Muita DOR de ALMA!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Tanto para dizer...

São tantas as ditas e desditas,
postulações e contradições,
bom senso e contra senso, 
falas e falácias,
transparências e hipocrisias...

Os dizeres da boca divorciados dos sentimentos da alma,
O sorriso rasgado sob a máscara das aparências:
inócuo, vazio da natureza pura.

Presenças ausentes,
Sentimentos lacrados a sete chaves no coração que apela por ser desvendado.
Amores carentes
que por tanto terem, fogem...

Viver a dualidade em tudo que está a nossa volta
24 horas por dia,
Baralha-nos a percepção dos sentidos:
O que os olhos veem será real!?
E o que os ouvidos ouvem!? (por vezes até duvida!)
O que a boca fala (a dos outros) cabe dentro da sua prática vivencial!?
O toque, o cumprimento e o abraço, o que significam realmente!?(um padrão socialmente aprendido!?)
O ar (atmosfera) estará verdadeiramente impregnada de Amor!? 

No meu dia-a-dia, olho, ouço, sinto no ar, toco, falo 
crente que a cada instante estou vivendo mais um derradeiro tempo que jamais volta,
me entrego a cada pensamento, ação com toda a intensidade do meu Ser.

Sangue, suor e lágrimas são doados 
com a consciência de que estou entregue de corpo e alma àquela missão.

O tempo passa em dias e noites que vem e vão...
Olho ao derredor e... neste mundo das formas (eidos) nada vejo,
apenas ao olhar para meu Eu Interior encontro alento do meu Eu Divino
que me dá forças para continuar...

Deus, muito obrigada!


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A escola que temos versus a escola que ansiamos por ter

Certamente que gostaríamos de olhar para a escola como um lugar onde a luta pelas classificações (notas) desse lugar ao desenvolvimento das capacidades, à promoção da iniciativa e da criatividade e o monólogo instrutivo (despejar de informações) fosse preterido em função da partilha, do debate de ideias e da construção de conhecimentos com base na interação profícua entre todos os intervenientes no processo educativo.
Uma escola que, segundo os nossos anseios, contrapusesse:

  • à competição a contemplação do Bom, do Bem, do Belo e do Justo (Paideia Platônica);
  • à suposta neutralidade, o investimento reflexivo sobre os valores que queremos promover na educação escolar recorrendo às diversas fontes do saber: literatura - poesia, prosa, narrativa pessoal, letras de canções, parlendas, trava línguas, texto jornalístico, etc; visitas de estudo em bibliotecas - hora do conto, teatro, confecção de trabalhos de arte; pesquisa de acervo histórico em museus; roteiros que contemplem  o conhecimento da localidade para mapeamento geográfico e histórico e tantos outros recursos inesgotáveis;
  • à escola uniforme em todas as localidades, a diversidade de projetos educativos localmente construídos;
  • aos currículos únicos e pronto-a-vestir, a multiplicidade de cursos e de percursos pessoais com valor educativo equivalente;
  • à tentativa de acumulação desenfreada de saberes, o desenvolvimento de atitudes, comportamentos e competências humanas;
  • à escola vista apenas como transmissão do passado, a escola aberta à atração do futuro, do que é preciso reconstruir pessoalmente e em comum, uns com os outros.
Esta é a escola que sonhamos, em que a preocupação central se situa ao nível da formação da pessoa e não estritamente na transmissão de saberes científicos.
A neutralidade ética torna-se impensável porque as nossas crenças e atitudes fundamentais estão ligadas de forma essencial aos nossos valores, os quais constituem a base da nossa conduta pessoal e social. Nesse sentido, quando educamos ou ensinamos, em qualquer atividade educativa que desenvolvamos, estamos sempre, implícita ou explicitamente, a transmitir valores.
Ao ignorarmos determinados elementos da nossa cultura, selecionando outros aos quais conferimos um especial valor, estamos a fazer uma opção com consequências na educação.

O desafio de tornar conscientes os valores que a escola procura promover, de os discutir e assumir é assim um imperativo a que não podemos fugir.
Não podemos deixar de salientar que os valores estão presentes, consciente ou inconscientemente, em toda a atividade escolar.
A questão é: que valores são esses que a escola postula?! Estarão esses valores adequados a formação das nossas crianças contribuindo para uma vida íntegra, saudável e feliz!? 
Ao assumir promovê-los, devemos fazê-los através de toda a ação educativa, o que passa por formas diversas de implementar o currículo. 
Noutra oportunidade falaremos sobre os currículos.


Por hoje, ficaremos por aqui, há já muito que refletir... Que escola queremos para nossas crianças!?


Os Valores na Família e na Escola - Educar para a Vida, Maria Isabel Valente Pires





terça-feira, 18 de outubro de 2016

Alegria de viver

Antes de pleitear nossos direitos, é necessário que estejamos dispostos a cumprir nossos deveres. Aqueles que só reivindicam seus direitos, e não cumprem seus deveres, são como ladrões ou chantagistas.
O mais importante de nossos deveres é agradecer pelo fato de termos nascido neste mundo. Quem não é capaz disso perde todos os seus direitos. E então, por mais que lute por eles, não os readquire.
Existem pessoas que dizem: "Eu não pedi para nascer. Meus pais é que me puseram neste mundo, por vontade deles. Por isso, não devo agradecimentos a ninguém".
Porém, isso não é verdade. Nós viemos a este mundo por nossa própria vontade; aparecemos voluntariamente neste mundo tridimensional, como "filhos dos homens". Nós queríamos isso; queríamos entrar nesta "escola da Vida", mas não o teríamos conseguido se não existissem os nossos pais. Há um grande número de "candidatos" que querem ingressar neste mundo, pois sabem que é um "mundo maravilhoso, onde se pode criar tudo com o poder do pensamento" e que é uma "escola para o desenvolvimento da capacidade infinita".
Se nós conseguimos chegar neste mundo, foi graças aos nossos pais; por isso, devemos agradecer-lhes.
Vamos supor que estivéssemos caminhando durante horas numa região montanhosa, sob um sol ardente, sem mantimentos e sem água. Uma sede terrível nos tortura. Se, nesse momento, avistarmos uma pequena fonte de água cristalina, é claro que não hesitaremos nem um segundo em correr até ali e saciar a nossa sede. E agradeceríamos: "Graças a Deus, estamos salvos"! Este é um sentimento perfeitamente natural.
Quem, numa hora dessas, diria "eu não vim caminhando até aqui por gostar disso, nem fiquei com sede porque quis. Simplesmente aconteceu! E nada tenho a agradecer só porque encontrei esta fonte por acaso", com ar de arrogância ou indiferença?
O natural é sentirmos uma imensa alegria pelo fato de "estarmos vivos" e ficarmos contentes, vendo que "conseguimos manter-nos vivos". Se há alguém que não se conscientiza da benção de estar vivo, o único meio de sentir isso é conhecer de perto a agonia e o sofrimento da morte.
Não podemos deixar de agradecer aos nossos pais, que nos proporcionaram essa coisa tão preciosa, que é "VIVER". E desse sentimento de gratidão nasce uma inexprimível alegria de viver.
Para desfrutarmos a alegria, devemos cumprir o nosso "dever" de agradecer. Quando cumprimos esse "dever", uma vida feliz e a alegria de viver são dadas a nós como justa recompensa.
De nada adianta duvidarmos e tentarmos derrubar essa verdade, pois a lei do Universo age igualmente sobre os que a aceitam e os que não a querem aceitar. E ela não vacila. Ela recompensa com a liberdade e com possibilidades infinitas somente os que pagaram o tributo chamado "GRATIDÃO".

Livro "A Mente é força criadora", Masaharu Taniguchi

Luz e treva

Tu já viste pessoas desagradáveis
Que vivem a espalhar trevas por onde passam?
Já conheceste pessoas deprimidas
cuja fisionomia está sempre triste e sombria?
Já tiveste a oportunidade de comprovar
Quão contagiante é a expressão das pessoas?
As pessoas de expressão triste
vão espalhando a tristeza por onde passam.
As pessoas de expressão desagradável
Vão espalhando mal-estar por onde passam.
Disseminar tristezas e sensações desagradáveis
É um mal maior do que disseminar micróbios.

Tu já viste também pessoas alegres e otimistas,
Que vivem a espalhar luz por onde passam?
Já viste pessoas maravilhosas?
Que têm sempre um sorriso feliz nos lábios
E vão transmitindo a felicidade
A todos aqueles que cruzam seus caminhos?
Já tiveste a oportunidade de comprovar
Quão contagiante é a expressão das pessoas?
Não deves lamentar o fato de não possuíres
Nenhum bem material a oferecer aos outros.
Mesmo que não tenhas nenhum bem,
Poderás oferecer-lhes a expressão feliz.
Ao olhar para teus pais,
para teus filhos,
para teu marido,
para tua esposa,
para teus irmãos,
e também ao cumprimentar
teus vizinhos e conhecidos, mostra um sorriso feliz.
Dirigindo-se aos outros com expressão feliz,
estarás oferecendo-lhes a FELICIDADE.

As pessoas de fisionomia feliz
vão espalhando felicidade por onde passam.
As pessoas de fisionomia alegre
vão espalhando alegria por onde passam.
Dar FELICIDADE e ALEGRIA aos outros
é melhor do que oferecer-lhes presentes materiais.

Livro "A Verdade da Vida", vol.20, Masaharu Taniguchi

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mensagem dos Anjos - Vigilância

Sentado na tua paisagem quotidiana, observa calmamente, como estão as tuas emoções e o que pensas delas.
Põe os cinco sentidos em ação e observa o que acontece no teu interior. Não deixes escapar a luz da tua intuição que tal como o farol te permite ver para não tropeçares.
Habitua-te a escutar a tua intuição e prestar-lhe atenção de imediato. Confia plenamente nela e será a luz que guia os teus passos, sem quedas. Põe a tua mais sutil atenção desde o teu Anjo ou o teu Eu Superior para seguires os passos da tua intuição.

Prestar atenção será o primeiro passo para compreenderes o que é a Vigilância, mesmo que já intuas que é muito mais do que isso.
A atenção tem de estar desperta e limpa para não deixares escapar nem uma décima de segundo, estar atento ao que pensas, sentes e fazes. A intuição não deve ser um barco à deriva, nem um horizonte escuro.
Quando um tigre tem fome e decide caçar, fica com os sentidos atentos e em alerta para não deixar escapar nenhum ruído, movimento ou cheiro, e para quando chegar o momento oportuno poder atuar sem dúvidas e com rapidez. Da mesma forma tens de pôr os teus sentidos em alerta para não perderes nenhuma indicação nem nenhuma emoção. Que nenhuma situação fique em branco.
A água fala-te de emoções, vigia como estão as tuas.
Vigiar seria chegar a um ponto de atenção, desde o qual te visses a ti próprio observando e observado. É como um desdobramento. Põe a tua energia no teu duplo angelical para que, desde a sua luz, guie os teus passos. Experimenta deixar a tua vontade nas mãos do teu Anjo ou do teu Eu Superior; sente com ele a unidade e observa cada pequeno movimento, som ou pensamento dentro de ti.

Hoje, não poderia deixar de "ouvir" o meu Anjo para acalmar meu espírito. A cada dia ele (espírito) anseia por orientação. Inquieto, muitas vezes se pergunta: o que fazer? Aonde está um sinal de que estou seguindo o caminho da fé!? Milhões de razões e motivos daria para não seguir mais... parece tudo conspirar para que se perca a fé. Fé nos valores. Fé nas convicções de uma vida vivida crente no trabalho cristão. Fé no ser humano. Fé no verdadeiro sentido da vida. Fé na misericordiosa providência do céu. 
A única sempre inabalável é a fé no Criador, em Jesus e na Mãe Maria.
Hoje, como sempre, pedi intuição ao Pai e a toda a Espiritualidade Maior e assim apareceu esse companheiro antigo de cabeceira- o livro "Dia-a-dia com os Anjos.

Dia-a-dia com os Anjos, Marta Cabeza

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Jesus nos ensinou: Cada qual com seus dons

"Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem. 
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor".

Para iniciar a lição número 4, Chico Xavier (ditado pelo espírito de Emmanuel) refere Coríntios, 12:4. Dado que era chegada a hora de se fazer o estudo dessas palavras fui em busca dessa passagem do Evangelho:

1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema (condenação), e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 E a outro, pelo mesmo Espírito os dons de curar;

10 E a outro a operação de maravilha e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

12 Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 Assim, pois, há muitos membros mas um só corpo.

21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;

23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;

25 Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.

28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.

29 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?

30 Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?

31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente. 

Por incrível que possa parecer, havia dito na aula de segunda-feira no Centro Espírita algo referente a essa passagem bíblica. Estava muito claro para mim que, como Cristo nos ensina neste capítulo de Coríntios, a cada qual o seu respectivo dom. Cada qual fazendo parte do Todo e, particularmente na efetiva excelência de si mesmo.

Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte não deveria haver rivalidade, ciúme, melindres ou comparação jactanciosa (vaidade, soberba). 
O amor é mais importante do que os dons espirituais. 
Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor o que se fez é vazio.
Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo de Cristo. Sem amor todo o nosso serviço espiritual é inútil.

Que assim seja!

Explanação do Evangelho do dia 04/10/2016, Centro Cantinho de Luz

Fonte Viva, Francisco Cândido Xavier pelo espírito de Emmanuel

terça-feira, 4 de outubro de 2016

A conciliação do bem com a felicidade

Nestes dias recebi um vídeo de um rapaz sem braços e pernas, seu nome é Nick Vujicic. Ouvi uma mensagem que, entre outras, muito me tocou e coroou de sentido o que já faz parte do conhecimento da fé que diariamente busco vivenciar. 
Ele dizia, se você olhar para mim vai comparar o seu sofrimento com o meu e se consolar pensando que o meu é bem maior. Isso não é o certo. Porque nós não podemos olhar e comparar o nosso sofrimento com o dos outros. Não é isso que Deus quer para nós. Devemos olhar para Deus. E aí sim, ver o quanto ainda temos que caminhar para chegar a magnificência do Pai. Tal como um filho aqui na Terra deseja chegar um dia a ser como seu pai. Assim também, com o Pai - nosso Criador - devemos crescer em Sua direção.
Hoje, ao ser convidada para fazer o Evangelho no Centro Espírita que opero como prestadora de serviços para "seguir em direção ao Pai", discorri sobre a Terapia do Amor. Muito, muito teria para falar sobre esse maravilhoso e rico tema. Foi difícil (como sempre para mim, pois sinto vontade de levar muito mais) escolher o que falar. Como sempre, rogo ao Pai para que me oriente na escolha acertada das palavras que não só saiam da boca mas sim do coração. 
Assim sendo, no momento da decisão, deixei para este momento esta mensagem de vida do Nick e este texto de Masaharu Taniguchi, que a meu ver estão em estreita consonância uma com a outra.

"São muitas as pessoas que vão às igrejas, Centro Espírita, Seicho-No-Ie ou a qualquer outra parte para pedir a Deus que lhes conceda determinadas graças concretas concernentes a questões da vida prática, tais como: cura de doença, êxito nos exames vestibulares, lucro financeiro, obtenção de emprego, oportunidade de um bom casamento, etc... Alguns alcançam a graça, outros não. Há pessoas que dizem, lamuriosas: "Por mais que rogue a Deus, não obtenho graças. Rogo pela cura da doença, mas não fico curado; rogo pela melhora do meu destino, mas isso não ocorre; rogo para encontrar uma boa pessoa com quem eu possa me casar, mas não acho tal pessoa. Deus não atende a nenhum pedido meu; por isso, acho que Ele não é generoso e não se importa nem um pouco comigo...".
Acontece que essas pessoas se esquecem de algo que é mais importante que tudo neste mundo, e vivem almejando riquezas materiais, bem-estar físico, boa posição social, fama, enfim, coisas de menor importância. Estas coisas não têm tanta importância como muitos pensam, pois são transitórias.
Por exemplo, mesmo que nos seja concedida uma saúde perfeita, nosso corpo não viverá centenas de anos. Lamentavelmente, muitas pessoas vivem a buscar coisas transitórias que não têm muita importância, e esquecem-se daquele algo mais importante que tudo no mundo. O que será esse "algo", de máxima importância para nós? Reflita um pouco, e compreenderá que estamos nos referindo a Deus. Deus é o nosso bem mais valioso, é o bem eterno.
Tudo que existe no Universo foi gerado por Deus. Ele é a fonte de tudo quanto existe no universo. A maioria das pessoas, em vez de buscar Deus que é a fonte de tudo, limita-se a buscar esta ou aquela dádiva material, que é apenas uma "parcela" da manifestação da Vida de Deus. Por isso, digo que essas pessoas ambicionam tão pouco, e que elas deveriam ter uma ambição muito maior - a de manter Deus bem junto delas. Como já disse, Deus é a fonte de tudo. Portanto, tendo Deus junto de nós, todas as coisas que desejarmos chegarão naturalmente a nossas mãos. 
Para estarmos sempre com Deus, devemos estreitar o vínculo de Pai e filho que nos une. Somos filhos de Deus, mas se estivermos afastados do Pai e O tivermos esquecido, tal como o filho pródigo citado na Bíblia, não poderemos desfrutar o Seu amor e Suas dádivas. Devemos nos lembrar constantemente de Deus e do vínculo que nos une a Ele. Devemos saber que somos Vida que Deus fez desabrochar, tal como flores que desabrocham das plantas nascidas e desenvolvidas a partir da semente. Nisso consiste ter Deus conosco, e significa estabelecer o vínculo de Pai e filho com Aquele que é o "todo de tudo", e firmar a nossa condição de herdeiro. E estreitando o vínculo com Deus, passamos a obter naturalmente tudo que desejarmos, tal como o herdeiro de um milionário.
Jesus Cristo, referindo-se às necessidades materiais do ser humano, disse: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo".
Deus é o "Todo de tudo", ou seja é a fonte de tudo. Portanto, estando junto dEle, nada nos faltará". 

Seguimos nossa caminhada diária em direção ao Pai, firmes que "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).


Video de Nick Vujicic
Revista Mulher Feliz, Seicho-No-Ie, nº 355

domingo, 2 de outubro de 2016

Reflexões - a quem compete educar e como o fazer nos dias que correm...

Abrir um livro sobre educação, a começar pela família, demonstra a enorme preocupação com essa instituição, aliás, a primeira e a base de toda a educação da criança. Não se experimentou para a educação informal nenhuma célula social melhor do que a família. É nela que se forma o caráter. Qualquer projeto educacional depende da participação familiar: em alguns momentos, apenas o incentivo; em outros, de uma participação efetiva no aprendizado, ao pesquisar, ao discutir, ao valorizar a preocupação que o filho traz da escola.
Por melhor que seja uma escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avós, tios, todos têm a responsabilidade pela educação da criança, e devem dela participar efetivamente, sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo. A família tem de acompanhar de perto o que se desenvolve na escola.
Muito se diz da falência da família como instituição. Já se tentaram várias fórmulas, regimes políticos e sistemas filosóficos para organizar de outro modo o trinômio pai - mãe - filho... mas nada substitui o velho Lar.
Na família moderna constituída, muitas vezes, de novas configurações parentais, em numerosos casos, vemos que os problemas surgem pela falta de amor.
A construção de uma nova sociedade passa pela construção de uma nova família. Se o estado não consegue organizar melhor suas instituições, se a educação continua na marginalidade dos projetos políticos, a única alternativa e a mais importante é a família.
Cabe a família a responsabilidade da formação da pessoa, da construção do ser preparando-o para a vida pela formação do caráter, de perpetuar valores éticos e morais. A família é uma instituição em que as máscaras devem dar lugar à face transparente, verdadeira e legítima.
Segundo Daniel Sampaio, "quando as gerações ficam muito próximas, a autoridade enfraquece". Há pais que se vangloriam de serem os melhores amigos dos filhos. 
Pai-amigo sim, amigo-pai não. A mudança da palavra pai na primeira expressão, marca notadamente a prioridade do papel de pai, o que implica que ele não se destituiu em nenhum momento de sua autoridade paternal no estabelecimento de limites com base no respeito mútuo.
Sampaio continua: os pais devem saber traçar limites. Claro que pode e deve haver momentos de proximidade, mas é preciso perceber que cabe ao adulto ter maturidade e contenção emocional. Hoje os pais entram em discussão simétrica, em que um diz uma coisa e o outro responde com outra pior. Pais e professores sem saberem estabelecer uma relação de respeito mútuo onde cada interveniente sabe seu lugar na respectiva relação, seja de pai-filho ou professor-aluno.

Daniel Sampaio, Entrevista Jornal de Leiria
Gabriel Chalita, A solução está no afeto

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Seis décadas de uma vida vivida cada segundo como eterno

Outubro mês tão esperado a cada novo ano para, neste primeiro dia do mês, consagrá-lo a mim mesma! Sentia esse dia especialmente preparado para saudar a vida. Agradecida a Deus e a Jesus (meu amigo, confidente, pai, irmão sempre comigo a todo tempo) de poder usufruir de uns momentos especiais. Momentos esses vividos por toda a minha "infância" (se é que alguma vez fui criança) onde aguardava - com a certeza absoluta que viriam estivesse eu onde estivesse - meu tio Julio e minha melhor amiga Lúcia (adulta mãe de dois filhos), as suas presenças eram o que eu mais tinha de precioso. 
No céu, onde quer que estejam, iluminados pela vossa infinita bondade e Amor deixo meu agradecimento do profundo de minha alma por tanto Amor e pela alegria e bem que me fizeram sentir a cada ano. 
O dia 1 de outubro eram presenças sagradas, por nada neste mundo era preterida por outro qualquer evento ou acontecimento, Nada foi motivo de falta. Havia um compromisso secreto de um pacto que fizéramos por Amor. Esse amor movia montanhas. Era (e é) o amor que Jesus nos ensinou. Simplesmente. Nos sentíamos felizes por estar ao pé um do outro, Havia uma doação mútua de atenção, cuidados, zelo e muita afetividade. Não posso deixar de referir minha avó Carolina, nunca se esqueceu de meus anos nem mesmo de qualquer outro dia. Podia não estar presente na data mas seu amor tocava-me onde eu estivesse. Amor, sentimento esse que aprendi a vivenciá-lo com minha mãe e essas pessoas maravilhosas que me adotaram como uma filha. 

Deus cuida delas por mim tal como elas cuidaram de mim!

Muitas águas rolaram ...um oceano foi transposto algumas vezes, ora para um lado, ora para o outro. Vida vivida com total e irrestrita intensidade. Cada fase de vida, cada ciclo, cada missão cumprida com exigência máxima de excelência. Nunca me deixei ficar por menos. Fui, muitas vezes, carrasco de mim mesma por primar por princípios, valores e crenças que exigiam 24 horas de vigília e trabalho.

Hoje, 60 anos se passaram... aqui me encontro às voltas (ainda) na tentativa de explicar, justificar e defender quem fui, quem sou...para com todos. Essa exigência me persegue. Me "cobram" os porquês de uma vida permeada de coerência, constância e bom senso. Onde imprimi e primei pela qualidade sem deixar da quantidade de amor na atuação de cada papel social (filha, esposa, mãe, professora, amiga, colega, vizinha...).

Quem serei!? Aí só meu Pai que habita meu Ser sabe...

De um tempo a esta parte, vou na caminhada à procura de me encontrar comigo mesma (quando de tudo me desencantei), da tal almejada paz de espírito que procurei desde pequenina... 
Continuo crente e aprendiz da vida. 
A cada dia exercito a 100% a minha humildade para continuar a fazer o que faço sendo útil e doando o meu amor.

A vida se por um lado tudo me deu e dá, agradeço 24 horas, por outro lado tudo que fiz foi com esforço, trabalho árduo, perseverança, determinação, resiliência e fé. Continuo a garimpar de sol a sol. Tudo se me foge, As águas teimam em levar...

Minha fé me leva a não desistir, mesmo que por vezes o corpo e a mente queiram se resignar.
Persevero com humildade com a força de uma filha de Deus que sou!

Hoje me congratulo comigo mesma! Agradecendo a minha Mãe e a Deus, Jesus, Mãe Maria e toda a espiritualidade. Muito Obrigada, VIDA!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Desistir, Nunca!

Matar o sonho
é matarmo-nos.
É mutilar a nossa alma.
O sonho é o que temos
de realmente nosso,
de impenetravelmente
e inexpugnavelmente
nosso.                            
                               Fernando Pessoa

Sonhei. Vivi "sonhos" reais. Avancei, crendo que tudo seria possível. A cada dia vencendo os "impossíveis" de cada dia. Foram tantas as noites sem dormir, ora para estudar, ora para preparar minhas aulas, ora para confeccionar trabalhos... dias, noites...anos se passaram e a crença e convicções nunca se acabaram...

Histórias tantas, imensas vivências que de tantas se atropelam umas as outras na minha mente, querendo ser relembradas. Façanha essa muito difícil pois todas foram (e são) de uma intensidade tamanha que por mais que eu procure "dar vida" a algumas delas, tudo o que dissesse seria pouco. 
Soaria a injusto perante a realidade que as mesmas foram vivenciadas.

Anos, muitos anos, três décadas se passaram. Anos que pudemos - agraciados pela Vida - cada aluno e eu, escrever nossas histórias com as inúmeras vivências que tivemos em comum. Estamos registrados para sempre nas páginas uns dos outros. Cada qual imprimiu suas especificidades escritas com a energia da vida que pulsava em cada emoção, cada olhar, cada atitude e até mesmo cada silêncio. Sim, a simbiose da relação professora-aluno estabelecida se auto-alimentava sutilmente de trocas. De um olhar. Um gesto. Um sorriso. Uma palavra. Uma poesia. Uma flor. Um abraço. Uma lágrima... Havia tempo para cada um dar e receber. Para se falar e calar. Uma orquestra perfeita. Os primeiros ensaios dessa orquestra eram bem definidos. Todos sabiam que eram responsáveis pelo seu próprio desempenho e pela harmonia de todos. 

Muitas emoções. Muito sangue, suor e lágrimas... correram por minha face e meu corpo. Vibramos a cada conquista. Enfrentei milhares de dificuldades de todos os gêneros mas, por incrível que pareça, NUNCA DESISTI! 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O Poder do Amor e o poder do medo - palavras de James Van Praagh

A energia do amor é a força mais poderosa e natural do universo. O amor mantém todas as coisas unidas e permeia tudo. O amor cura, ilumina e constrói. Posso afirmar com convicção que é o único elemento que transcende a morte. Muitas vezes, as pessoas me perguntam:
 - Os espíritos sabem quando estou pensando neles?
A resposta é sempre: Sabem sim! Mas o mais importante é que os espíritos sentem o amor que você tem por eles. É essa força que une as almas ao longo das vidas. A principal razão pela qual faço meu trabalho é para demonstrar que o amor nunca morre.
Quando amamos incondicionalmente, utilizamos a energia em sua forma mais elevada. Quando amamos sem regras ou restrições e aceitamos algo ou alguém como ele é, o amor pode crescer e se desenvolver.
O melhor que cada um de nós pode fazer é demonstrar amor sempre que possível. Se um número cada vez maior de pessoas emanar amor, essa energia irá permear a ignorância e as trevas dos seres perdidos em sua mentalidade limitada. A energia do amor será capaz de alcançá-los até mesmo no meio da escuridão em que se encontram.

Em contrapartida,o medo é provavelmente a energia negativa mais poderosa que nós temos. Ele possui força para emaranhar mentes e até mesmo para estagnar a vida. 
A vida consiste em uma série de escolhas. Cada escolha reflete uma crença baseada em quem nós somos, como queremos viver e como queremos ser percebidos. Se escolhermos amar, estaremos usando a energia natural da vida. Se escolhemos o medo, estaremos operando em um estado antinatural. O amor é a energia que une todas as coisas. O medo separa.
Se você descobrir que tomou decisões motivadas pelo medo, saiba que não é possível ser feliz assim. O medo normalmente faz com que tudo se desequilibre: as coisas não parecem se encaixar e você se sente deslocado. Talvez até sinta que está desperdiçando uma grande parte da sua vida. A energia do medo paralisa. O amor faz com que a energia circule livremente pelo corpo. Quando você escolhe o amor, fica feliz.
Volto a repetir: todo pensamento é baseado no amor ou no medo.
Quando a sua energia é baseada no medo, você atrai outras pessoas do mesmo nível.
É importante lembrar que espíritos presos à Terra, assim como os humanos mais atrasados, vivem da sua energia do medo. Quanto mais medo você manifestar, mais vida dará a eles. 

Antes de tomar qualquer decisão, pare e reflita: estou sendo movida pelo amor ou pelo medo?

Do livro "espíritos entre nós", Sextante

domingo, 18 de setembro de 2016

Oração - Agradecer a todas as experiências encarando-as como lições

Por mais difícil que seja a lição, assimilo-a totalmente para elevar a minha alma.
Sou uma parte do Universo.
Aos olhos de Deus, que é a Vida Universal, sou perfeita.
Agradeço a Deus, que me deu a oportunidade de aprimorar a alma e entender a finalidade da vida.
Abençoo tudo que se aproxima de mim.
Vivo perfeita e plenamente o meu dia a dia.
Sou o caminho, sou a Luz.
Sou perfeita na essência.
Dentro de mim está presente Deus, que é a Vida Universal.


A importância da prece - Educação de Vinculação (Kentenich)

A preocupação pela educação deste povo nos congregou e nos acompanha continuamente; acompanha-nos nestes dias, e a levaremos para casa. Assim foi em todos os tempos.
“Educadores são pessoas que amam e jamais deixam do seu amor”! E esse amor atinge um grau especialmente grande agora, pois o povo, ao qual pertence todo o nosso amor, se tornou doente e fraco, sente-se totalmente desamparado.
O nosso rezar há de ser e permanecer inspirado pelo caloroso cuidado quanto ao futuro de nosso pobre povo.
Que relação tem a oração com a nossa tarefa educativa?
Sabemo-la há muito tempo. A oração é a maior potência educativa no céu e na terra.
Se olharmos a Sagrada Escritura. Deus quer que haja certa relação, certa harmonia entre trabalho e oração.
Se tivermos e mantivermos esta tese como absoluta, compreenderemos logo de onde provêm a grande aflição do tempo atual ou ao menos poderemos pressenti-lo. Que nos encontramos num caos horrível, nós o sentimos; que também o mundo da educação se encontra diante de situações caóticas – sim, deve estar mergulhado em tais situações – isto nós o sabemos por própria experiência.
De onde provêm este caos?
Evidentemente, as relações entre a oração e trabalho, inclusive trabalho educativo, são fortemente abaladas.

Assim compreendemos também porque Jesus deu tanta importância à oração. Quando Ele pretendia realizar grandes ações, com influência especial em sua ação salvadora, vemo-lo subir ao cume das montanhas para rezar.

Padre José Kentenich, Linhas fundamentais de uma Pedagogia Moderna para o educador católico

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Ajudar o próximo através do sentimento de Amor em tempos tão conturbados

A cada piscar de olhos, chega até nós a notícia de irmãos em Cristo a serem sacrificados pela falta de Amor. O Amor perpassa credos, crenças, raças, culturas diferentes ou qualquer outro alegado motivo. Somos filhos do mesmo Pai. Único Criador que tudo fez e faz por seus filhos.

Recorro a estas palavras para irradiar vibrações de Amor:

"Emito vibrações de amor para a humanidade toda, e a humanidade me conhece e me ama. Nada me faz sentir ódio. As vibrações de amor que irradio para o mundo inteiro não são de amor egoístico, mas do grandioso Amor Divino. O mundo capta as vibrações do grandioso Amor que irradio e me responde. Sendo o amor um sentimento que dá vida, todas as coisas me fazem viver".

Se, sempre que pudermos, irradiarmos vibrações de amor mentalizando as palavras acima, a humanidade captará essas vibrações e fará soar palavras de paz e de amor, da mesma forma que os aparelhos de rádio captam a transmissão de uma emissora e reproduzem o som irradiado por ela. Assim, estaremos ajudando a humanidade.

"Fora da caridade, não há salvação". Essa frase ressoa aos nossos ouvidos, propondo um constante chamamento para a prática do Amor.

A energia do Amor é a força mais poderosa e natural do universo. O amor mantém todas as coisas unidas e permeia tudo. O amor cura, ilumina e constrói. Posso afirmar com convicção que é o único elemento que transcende a morte. 

Deus é Amor. Oferecer amor às pessoas é uma forma poderosa de manifestar o amor que existe em nós, fortalecendo a nossa autoestima. Quando damos amor, somos nós que primeiramente o sentimos. Dar amor gera mais prazer do que receber amor. A atitude amorosa, por si só, desperta em quem ama sentimentos de alegria e satisfação interior, curando a nossa tristeza e solidão. Quando o amor sai de nós, ele preenche os espaços vazios da nossa alma, curando as nossas feridas interiores.
A maioria dos nossos problemas tem como causa a falta de manifestação do amor, seja na família, no trabalho, com os amigos e, principalmente, com nós mesmos. 
Nossos gestos concretos de amor podem mudar as pessoas muito mais do que as cobranças que geralmente lhes fazemos. Ao outro não basta saber que o amamos; ele quer sentir que o amamos.
Talvez você esteja se perguntando como poderá fazer isso, afinal não é fácil amar as pessoas, tanto as que conhecemos como as que mal conhecemos. Eu concordo com você. Por isso, proponho começar a partir de algo mais simples. Vamos trocar a hostilidade, a indiferença pela gentileza. Procuremos ser agradáveis. Somente por essa mudança de atitude é que o amor crescerá no nosso coração.
Não esqueçamos, porém, de nos incluir no rol das pessoas necessitadas de amor. 

Num mundo tão carente de amor, vale a pena investirmos nosso Amor no "banco" do Amor Universal. O amor que damos a nós é o amor que se derramará aos outros. O amor que damos aos outros é o amor que voltará correndo para nós.

A humanidade precisa urgentemente do nosso "investimento" pessoal de Amor. Essa será a nossa eterna contribuição para a salvação de muitas almas.

Masaharu Taniguchi, Caminho que transcende a vida e a morte, Seicho-No-Ie
James Van Praagh, espíritos entre nós, Sextante
José Carlos de Lucca, Socorro e Solução, intelítera


quinta-feira, 30 de junho de 2016

A vida é um processo de autoconhecimento

Seguindo a orientação vinda do Alto - por força de expressão usamos palavras como "céu", "alto" para transmitir o sentimento do Amor iluminado - senti a intuição de falar sobre o que sentimos...

"Conhecer-se depende da observação do sentir. Ao perceber as sensações, você percebe a vida em você. E vida é todo um movimento, e nós somos, literalmente, esse movimento. O que geralmente ocorre na vida diária é que nós nos ligamos mais no que pensamos do que no como sentimos.
Chamamos de processo ou vida a todo esse movimento de sensações que são objetos de nossa atenção. E para que eu interfira em mim mesmo e obtenha um ótimo resultado, preciso iniciar a observação do meu processo de vida, ou seja, tenho que me tornar um mero observador de mim mesmo.
Quando observo o meu corpo, percebo o que estou sentindo realmente, o que está acontecendo comigo, de onde vem o que 'eu sinto'; estou observando o processo, o movimento da vida em mim e ele vai ficando claro, consciente, lúcido. Observar como as coisas se passam em mim é observar como a vida flui em mim.
Quando não estou atento ao processo de vida em mim, vou precisar me guiar pelas experiências dos outros, tornando-me dependente.
Ser dependente é não ter senso próprio, é perder o senso de direção na vida, é não saber claramente o que quer e o que pode fazer. Usar os outros para se direcionar e fazer deles o ponto de apoio é dar-lhes a liberdade de controlá-lo, perdendo o controle sobre si mesmo. Não tendo mais autocontrole, você vai querer que os outros lhe façam o que seria sua função fazer, ou seja, que eles resolvam os seus problemas e se responsabilizem por você, protegendo-o, aceitando-o, amando-o, etc. E naturalmente, quando perceber que os outros não o assumem, porque, na realidade, ninguém é responsável por você, sua tendência é se fazer de vítima, achando que os outros são cruéis. O que em última instância, só faz você sofrer.
Conhecer-se depende da observação do sentir. É tornar-se presente, é tomar posse de você, é sentir o processo intenso que você é (...) as nossas sensações não são simplesmente geradas pelos estímulos externos, mas também pelos internos. Por estímulos internos, queremos dizer as sensações causadas pelos nossos órgãos, pelo nosso inconsciente e principalmente pelo que pensamos.
Você só tem condições de perceber o que acontece AGORA! O passado é passado, e, na maioria das vezes, o que resta dele são lembranças exageradas e distorcidas que por serem imagens gravadas na memória, não são sensações reais. O passado existiu e não se pode realmente sentir algo que não está mais presente. O que acontece, na verdade, é que alguns fragmentos do que aconteceu impressionaram a memória e, ao trazê-los para a consciência, produzem novas sensações.
Observando seu próprio processo, perceba que quase tudo o que sentimos tem sua origem no que pensamos e acreditamos. Sendo assim, podemos controlar o nosso sentir, mudando nossas crenças e nossos pensamentos" (Gasparetto).

A incrível "magia" que reina no decurso de nossas vidas fez com que tivesse adquirido, numa das minhas viagens ao Brasil, um livro de Gasparetto para crianças com o título "se ligue em você" do Tio Gaspa. Levei-o na minha bagagem com muita ternura. Passou a fazer parte do meu repertório de livros que, ano após ano, tocaram o coração de todos os alunos que passaram pela minha vida. Curiosamente, passado quase quatro anos de estadia no Brasil, agora já sem lecionar. Ao primeiro convite para fazer uma palestra no Centro "Cantinho de Luz" que passei a frequentar e a oferecer meus serviços com o mesmo espírito de missionária como no ensino senti vontade de "contar a história do Tio Gaspa". Nem eu mesma entendi porquê!? Apenas segui meu sentir...
Passado poucos dias, me deparo com o livro "se ligue em você" para adultos. 
Como não tenho por hábito questionar os porquês... mas sim agir em consonância ao meu sentir... Adquiri o livro. Transcrevi o trecho acima porque senti que poderá ajudar você.

"Você é o único responsável pelo que está se passando em sua vida.
  Tome posse do que é seu.
  'Se ligue' em você!"

Luiz Antonio Gasparetto, "Se ligue" em você, 2006, Centro de Estudos Vida & Consciência Editora Ltda

domingo, 26 de junho de 2016

Vivendo em fase de "crisálida"

Passando por aqui apenas para "reler" alguns textos editados e, efetivamente, continuar na minha "desconstrução" e "construção" minuto a minuto. Confinada no meu "casulo" questiono, formulo hipóteses, re-equaciono comportamentos outrora vividos com tanta intensidade e convicções, confabulo (sentido psicológico da palavra), desenho cenários que retroagem e avançam no tempo sem encontrar ligações que tenham alguma coisa a ver com a realidade vivida. Nesse processo altamente laborioso e de profunda intensidade emocional, espiritual, psicológica e física passo meus dias e noites. Não me deixo ficar com os braços abaixados. Luto, aliás como sempre fiz em toda a minha vida, por estar ativa o tempo todo. Mesmo quando o corpo se aquieta, a mente trabalha com a sensação de que o tempo passa e há muito a fazer... Sigo indo de encontro às minhas intuições de que a "obra necessita de trabalhadores" e eu tenho que estar presente para ser "a trombeta" das palavras de Deus e o "instrumento" de Suas obras. Vou aos chamados (também como sempre fiz) sem olhar retornos, apenas para servir. 
Os sentires oscilam entre, ora sustentada na fé que me anima, agradecendo a Deus por me dar pelo intermédio de tantas provações a oportunidade de ir buscar aquela criança que mora dentro de mim e que necessita ser resgatada para ser acarinhada, amparada, protegida; ora "ainda" me sentindo responsável por tudo e por todos (principalmente a felicidade de todos) como sempre vivi. Esse perambular desprovido de qualquer apoio afetivo humano me deixa exaurida. Há dias que nem sei como consigo sorrir, brincar, falar palavras de ânimo aos outros, fazer até palestra de como ser feliz...!?
Deus, meu Pai, me dá forças para seguir adiante. Somente pela fé. Nada mais.
Desde criança minhas conversas com Deus, apelavam pela fé e paz no meu coração. Jesus melhor que ninguém sabe disso. Mas... não é tarefa fácil. Mesmo tendo primado por seguir os caminhos do amor e do bem o resultado não "confere"... ainda. Mas como se ouve dizer "Deus escreve certo por linhas tortas". Tenho esperança que um dia alguma coisa bata certo!!!





terça-feira, 31 de maio de 2016

Carta: "A minha amiga Marisa"

Mudei para esta escola
Por suspensão de lugar
e só por esse motivo
Eu viria aqui parar

E como tudo na vida
Tem suas compensações
Aqui conheci Marisa
De tão boas relações

Poucos dias me bastaram
P'ra admirar seus pensamentos
Bem depressa percebi
Que é rica de sentimentos

Conhecê-la foi p'ra mim
Um privilégio bem grande
Eu não irei esquecê-la
Ande lá por onde eu ande

Foi escasso este tempinho
Que com você convivi
Que é boa profissional
Isso eu bem o percebi

De setembro até janeiro
Com todas colaborou
Agora deixa saudades
Porque a todos encantou

De uma ternura sem par
Sempre meiguinha e prestável
Compreensiva, humana
Tudo em você é louvável

Bem gostaríamos nós
De mantê-la o ano inteiro
Mas isso não é possível
Porque as leis estão primeiro

Vai partir p'ra outra escola
Seu testemunho aqui fica
Aqui com sua passagem
A escola fica mais rica

Do fundo do coração
Lhe desejo mil venturas
Na sua vida privada
E nas mudanças futuras

Aceite um abraço amigo
E um beijo de gratidão
E leve-me consigo
Nesse grande coração

Canidelo, 24-01-1994
Portugal

Hoje, recorri ao "baú" de recordações que consegui "transladar" de um país para o outro (mais uma vez) e, entre as fotografias encontrei, com grande alegria, esta carta desta amiga que a vida, num dado momento, fez com que nossos caminhos se cruzassem. Muitos anos se passaram. Mas o Amor não conhece o Tempo. Supera-o. Transcende-o. Suas palavras são a "prova viva" disso, pois tiveram o poder de encher meu coração de júbilo. 
Não sei por onde andará esta querida amiga poetisa. Esteja onde estiver, a energia do Amor chegará através do meu pensamento até você.
Bem-haja!
Amiga querida, muito obrigada pelo teu grande carinho por mim.
Deus te abençoe!

domingo, 22 de maio de 2016

O sentimento de amor se intercomunica

Finda mais um fim de semana. De uns tempinhos para cá, os tenho vivido de uma forma nova para mim. Passo-os bordando durante a tarde de sábado e de domingo numa doceria onde exponho meus trabalhos manuais. Ali, retomei aos tempos em que vivi trabalhando no comércio. Difere pelo fato de que esta casa comercial não é minha. Lá estou pela amizade que tenho com os proprietários sendo cliente da casa. Tenho sido muito bem acolhida. As pessoas olham, sorriem, algumas se aproximam para ver e, assim, se estabelecem trocas energéticas impregnadas de carinho. Tenho conhecido pessoas que, de outra forma, jamais viria a contactar com elas. As vendas?! Fico feliz sim por oferecer o meu amor através do meu trabalho feito com tanto amor. Mas se nada puderem levar, já valeu pela atenção, troca de ideias e, principalmente o carinho da amizade.
A amizade surge de uma combinação empática que movimenta as energias. Leva um ao encontro do outro. Uma magia envolve as pessoas. 

Hoje, um casal de jovens, sentados ao lado da minha mesa, eu envolvida no meu bordado, eles a conversarem enamorados. Até que, a um dado momento levantei para descontrair as minhas costas e observei que a jovem olhava carinhosamente para a peça que eu estava fazendo. De imediato houve uma troca de sorrisos. Ela elogiou os trabalhos e, assim começamos a conversar. 
Depois de algum tempo de diálogo, e agora já a três, pois o jovem a essa altura já fazia parte da conversa, a linda jovem me disse:

                   - "Seus filhos devem ter muito orgulho da senhora".

Essa frase me tocou na alma. Tocou profundamente. Como poderia uma jovem, apenas por umas palavras, ideias trocadas levá-la a formar e emitir um sentimento tangido pelo verdadeiro amor?!
Muito me sensibilizou. Fez ressoar sentimentos que, ultimamente, povoam minha mente. 
Em seguida, tive a feliz visita de minha amiga Kris, que também fora "amor à primeira vista" e sorrisos. Tinha vindo para, mais uma vez, trocarmos ideias e darmos o que temos de mais valioso - nosso Tempo e Amor. 
Quero crer que Deus, na Sua Infinita misericórdia e amor, me quer dizer: 

                  -"Se os teus não querem te ouvir, há os que se deleitam com teu amor puro e abundante". 

Reflito e corroboro nas palavras de Masaharu Taniguchi:

"Emito vibrações de amor para a humanidade toda, e a humanidade me conhece e me ama. As vibrações de amor que irradio para o mundo inteiro não são de amor egoístico, mas do grandioso Amor Divino. O mundo capta as vibrações do grandioso Amor que irradio e me responde. Sendo o amor um sentimento que dá vida, todas as coisas me fazem viver".

Cada olhar carinhoso, atenção dispensada, palavra trocada, gesto partilhado, abraço sincero, adeus dado à saída, hoje, até mesmo pela gentileza de um café oferecido pelo namorado da Kris, a sinceridade e incondicionalidade implícita no puro prazer de se viver AQUI e AGORA a AMIZADE, me faz continuar a acreditar que tudo é possível, aliás, como sempre acreditei.

Faço, aqui, alusão ao lirismo destas palavras de Albert Einstein: 

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Há duas formas para viver sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre"


Masaharu Taniguchi, Caminho que transcende a vida e a morte, Vol. S, 2012, Seicho-No-Ie





sexta-feira, 20 de maio de 2016

Males pequeninos

Na transata sexta-feira fui convidada a fazer o Evangelho (preleção dito na Seicho-No-Ie ou palestra para outros) o que consta da leitura de um texto da doutrina espírita, previamente escolhido pela dona do Centro Espírita, com o objetivo de estudo da doutrina espírita e, consequentemente a aprendizagem de novos conhecimentos na intenção de ajudar cada pessoa a trabalhar em prol da sua reforma íntima e a seguir o Mandamento Maior de Jesus: 
"Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e, de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10:27).

De pronto, aceitei - aliás como sempre faço - o convite. Logo começou a fervilhar a indagação de qual seria o tema. Ao inquirir obtive como resposta apenas o nome do livro "Coragem". Justamente esse não o tenho. A movimentação passou por ligar para a dona do Centro Espírita para saber qual a lição desse livro seria apresentada. Assim que soube que o nome da lição era "Males pequeninos" recorremos a Internet para pesquisa online. Pequenino texto se me apresentou aos olhos.

"Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos.
Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita.
É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne.
Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do pioneiro.
É a pedra no calçado ou o calo no pé.
Não é a cerração que desorienta o viajor, antes as veredas que se bifurcam.
É a falta de bússola.
Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem.
É a diminuta dose de veneno que ele segrega.
Assim, na vida comum.
Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro do coração".

Depois de ler essas sábias palavras e, consequentemente, refletir sobre o sentido dessa mensagem, pedi orientação ao meu Anjo da Guarda e, seguindo a intuição fui ao encontro de um livro para crianças do Tio Gaspa, ou seja, Luiz Gasparetto. 
Uma linda história infantil que fala dos "males pequeninos", cujo título é "se ligue em você" - mantenha acesa a sua LUZINHA no coração. É uma das centenas de histórias que contava e trabalhava com meus alunos. Pois bem, pensei: "é esta a que devo apresentar hoje em complementaridade a do livro "Coragem".
Assim o fiz. O tempo transcorreu ligeirinho... Não importa se passou um pouquinho da hora, pedi desculpas ao plano espiritual pelo ligeiro atraso para dar continuidade aos trabalhos de "passe" no andar superior do edifício. O que importa é que segui minha intuição, doei o que temos de mais valioso - o Tempo - com muito Amor a todos que ali se encontravam. Nada foi falado. Mas nunca faço nada para ser falado "reconhecido" faço com muito prazer na intenção de seguir o que nos disse o Mestre dos Mestres " Amai ao teu próximo como a ti mesmo".

Talvez, tenha saído dos padrões habituais daquela Casa de Luz, mas pude sentir o Amor Iluminado. 

Aludi que era dia 13 de Maio, dia da Aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos na Cova de Iria, em Fátima, deixando-nos a mensagem de "salvar as almas" no primeiro e segundo segredo e no terceiro tão bem guardado por Lúcia (uma das crianças que viram Nossa Senhora) que é a penitência. 
Penitência = vigilância.  Estar reconciliado com Deus mantêm acesa a nossa Luzinha.
Seguindo, sempre, a mensagem da Mãe Santíssima: "fazer crescer, cada vez mais, a fé, a esperança e a caridade (Virtudes teologais).

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Como enfrentar a vida na fase "filhos criados"?

Há de se considerar que nos Mandamentos da lei de Deus, que deve ser observado por todos e, principalmente, pelos filhos adultos quando seus pais já estão envelhecidos e sem forças para trabalhar que é preciso: “Honra teu pai e tua mãe, conforme te ordenou o Senhor teu Deus, para que se prolonguem os teus dias na terra em que o Senhor teu Deus te dá” ( Ex 20,12).


De uns tempos a esta parte, tenho vindo a viver uma experiência que, dia após dia tento me adaptar a ela, impondo a mim mesma um esforço desumano para perceber o sentido desta sequência que se desencadeou na minha vida e que, como tenho dado conta, ocorre também na vida de muitas mães, cada qual com suas histórias pessoais e familiares. Como tudo nesta vida, sabemos que essa fase existe mas só conseguimos verdadeiramente "dar conta" da sua grandeza quando estamos no centro da situação sem saber que rumo tomar. 
Sabemos que desde a constatação da gravidez prenunciada pelo teste e pelas mudanças no nosso corpo, mente e espírito nunca nada mais se conseguirá pensar na individualidade inerente a "pessoa" da mãe. A partir de então, a vida passa a ter a centralidade fixada no filho que carrega no seu ventre. Tudo muda. Seu corpo se altera totalmente, sua rotina, seus desejos, seu sono, seu pensar, seu agir e seu "sonhar".
Sim, passa a viver um "sonho". Esse estado idílico a leva a tudo aceitar como parte desse sonho que passa a viver a dois - mãe e filho. Chegada a hora de "dar a luz", sobrevive a dores inimagináveis, com o pensamento apenas no bem e na saúde de seu filho. Ao olhar seu bebê todas as dores e sofrimentos são irrelevantes. O Amor ao seu filho é imensuravelmente superior à sua própria vida. E, a caminhada segue. Sem dormir, para velar o sono de seu filho. Sem descansar para cuidar de seu filho. Seu mundo gira em torno de uma parte (a principal) de si mesma - seu filho. 
Assim, seguem, sucessivamente cada fase da vida de seu filho - bebê, primeira infância, infância, pré- adolescência, adolescência e chega a vida adulta. Cada fase parecia compor-se de uma "eternidade" pela riqueza de vivências que de tão intensas deixavam imperceptível o correr do tempo. 
TEMPO... Ah!... esse tempo que tanto me deu (e dá) voltas à cabeça!
Pois bem, ele infalivelmente passou... e com ele se foram as minhas três riquezas.
Sim, porque se aos dezenove anos estava a ser mãe de um Anjo que Deus me concedera, aos vinte e três Deus me concedia outro Anjo e aos vinte e cinco recebia a mais bela Flor dos jardins de Deus. Três vezes passara todas as experiências da gestação, parto natural, amamentação e cuidados que só uma mãe consegue saber. Vida vivida de total e irrestrita entrega. Se possível fosse, estaria o resto de minha existência e jamais conseguiria sequer dar a "primeira nota" dessa longa e interminável melodia do que vivi como Mãe.
Hoje, "filhos criados" ... o que me restou?! Indubitavelmente, a certeza que fiz o meu melhor. 
Um número imenso de histórias seriam de registro tanto pelo significado como também pelas consequências que tiveram. Mas, isso será para outra oportunidade...
Hoje ficaram: a solidão dos dias, o vazio das horas, a ansiedade pelo que não chega, a marca forte das lembranças, a falta de perspectivas que dias melhores virão, a incompreensão pela não falta que lhes faço, a ausência de partilhas, o enquadramento de "visita" ao que na verdade é sentido como meu (eu mesma, ora visto que durante todos esses anos, "passei a ser" nos meus filhos), a falta de sentir-me cuidada nos pequeninos gestos diários de atenção que tanto alegra a alma, o sentir-me preterida por tudo e todos na nova vida dos filhos, o ser deixada para trás por alegado discurso "vou ser feliz", o virar de costas à própria mãe, em pleno Dia de Natal, para seguir um companheiro sem sequer pensar na dor dilacerada que deixara no peito de sua mãe, o ter que suportar o sofrimento de ver uma filha optar por dar a luz num país distante, sem sequer pensar nas dores de sua mãe, o almejar participar com orgulho de datas marcantes na vida de seus filhos como formaturas, casamentos, nascimento de seus netos... elencaria um rol de coisas... 
Sei, contudo, que existe Amor. Apenas...
Nada compreendo, ainda!
Um dia...quem sabe?! Só Deus!

terça-feira, 10 de maio de 2016

O reducionismo atribuido à função do educador

Sempre me consternou o fato de perceber o discurso que envolve a "nobre missão" de educar como se se tratasse de uma mera transmissão de informações, conteúdos ou, ainda, aquela conhecida expressão "tomar conta" de uma turma. Embora esse conceito equivocado não me tomasse tempo pois de tão absurdo para mim simplesmente o ignorava, ou seja, fazia com que me passasse um pouco ao largo. Indubitavelmente reconheço que uma parte (significativa) dos docentes poderão se encaixar nesse conceito até porque tomaram para si esse ideia. Durante minha longa experiência no ensino pude ver um pouco de tudo. Perpassei por várias fases que vão desde os professores tradicionais (há mais de três décadas atrás) que se achavam os detentores do saber, "empoleirados" em cima de um estrado para se fazerem ainda mais "altos" e distantes dos seus pupilos até os "laisser faire" passantes de conteúdos mesmo que "em meio ao caos" disciplinar em sala de aula. 
Felizmente, posso afirmar que muitos foram aqueles que se fizeram notar pela postura pedagógica baseada em princípios e valores axiológicos firmados por uma estrutura firme e convicta de bons resultados.
Os estudos comprovam a extraordinária complexidade que envolve o processo ensino-aprendizagem, na interação da pessoa do "aluno" e da pessoa do "educador".
A necessidade de melhor compreender como funciona a pessoa, na sua forma de abordar as aprendizagens, e mais amplamente, estabelecer a sua relação com o meio, leva G. Lerbet a conceber uma teoria do sistema pessoal de pilotagem na aprendizagem. A partir do momento em que se considere que cada aluno elabora o seu saber, um saber de dentro, lhe atribui um sentido, que papel desempenha o docente que, de fora, propõe informações e saberes? Por outro lado, em que condições, se produz a interação entre a escola de dentro e a escola de fora, que assegura o desenvolvimento cognitivo da pessoa do aluno?
O autor utilizando a abordagem sistêmica, explica que o sistema-pessoa gera os fluxos de informações e conhecimentos provenientes do meio no seu 'meio pessoal' e autoregula-se, para se autogovernar. O docente deve aceitar e favorecer o papel de piloto que o aluno assume na sua aprendizagem.
Verificamos a importância da opção do educador se dedicar com o fim de emancipar a criança 'de tornar possível o surgimento de um outro', proporcionando-lhe os meios de desenvolver o seu potencial. A verdadeira liberdade de aprender não reside aqui numa escolha pessoal que conviria a outrem, em toda a exterioridade; ela está na resposta a um apelo.

Saber quais são as etapas cognitivas e afetivas do aluno, para lhe prestar uma ajuda personalizada, tal é a preocupação daqueles que procuram ir para além da didática diferenciada. Não se trata de um simples apoio técnico, que se reduziria a verificar como adaptar uma mensagem cognitiva às características do receptor, trata-se sim de agarrar a pessoa na sua origem para caminhar com ela.
A. Cosmopoulos fala da pedagogia da pessoa, fundada sobre a dinâmica das relações autenticamente humanas, ao mesmo tempo que educativas. O diálogo pedagógico é movimento em direção ao outro, para o ajudar a empreender por ele mesmo a sua própria formação. Isso supõe, segundo o autor, que o docente adquira a maturidade psicológica, moral, cultural e ideológica de uma personalidade pronta para o diálogo.

Ficando por agora apenas nestas poucas palavras - uma breve alusão - sobre a importância do papel do educador no processo ensino-aprendizagem podemos perceber o quão aflitivo é o conceito "reducionista" dado por grande parte da sociedade.


Nota:
Reducionismo, em filosofia, é o nome dado a teorias correlatas que afirmam, à grosso modo, que objetos, fenômenos, teorias e significados complexos podem ser sempre reduzidos, ou seja, expressos em unidades diferentes a fim de explicá-los em suas partes constituintes mais simples.


Marcel Postic, A Relação Pedagógica, 2007, Padrões Culturais Editora
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reducionismo

segunda-feira, 9 de maio de 2016

O que leva a pessoa a fazer a caridade?

Hoje, mais uma vez, depois de participar da aula de estudo do evangelho, uma reflexão (entre outras) predominou nos meus pensamentos: a prática da caridade. Ouve-se sempre, principalmente na doutrina espírita: "sem caridade, não há salvação". Daí, surgiram várias indagações concernentes aos motivos que levam cada pessoa à prática da caridade. Assim pensando, movida pelas minhas próprias ilações me surpreendi ao abrir um livro (que estou lendo, em simultâneo com outros) que refere:

"Muitos realizam a atividade voluntária (de caridade) por obrigação, especialmente em nosso movimento espírita. A pessoa sente-se obrigada a fazer o trabalho do bem porque, senão não vai obter a salvação, vai ficar obsediada, porque senão vai para o umbral ou para as trevas. Quem acredita que tem a obrigação de fazer a caridade para ter a salvação sempre tem um 'senão', que a obriga a realizar o trabalho voluntário.
Esse movimento gera uma desconexão com o ser. A pessoa não se plenifica com o bem que realiza, porque o realiza por obrigação para evitar punições. Ela tenta realizar uma barganha com Deus, tentando se livrar de sanções, que existem apenas em sua mente, sendo boazinha e fazendo o bem ao próximo, contudo o bem que ela realiza não lhe faz bem, pois é fruto de uma auto-obrigação.
Isso é completamente diferente da pessoa que faz o trabalho voluntário por conscientização. A consciência de ser útil ao próximo começa na consciência de ser útil a si mesmo, buscando-se os ideais de espiritualidade e religiosidade, aspecto que nos religa a Deus por amor e não por temor.
Quem age assim faz o trabalho no bem pelo prazer de ser útil. Se existem recompensas espirituais pelo trabalho que se realiza, a pessoa sabe que são apenas consequências. Ela não pensa nas recompensas, nem em possíveis sanções, caso não faça o trabalho.
Quando o indivíduo está consciente, o trabalho voluntário no bem está em harmonia plena com o ser. Ele realiza as atividades de benemerência porque sabe e sente que é o melhor para a sua vida. A sua consciência lhe diz isso. O trabalho não lhe serve para se livrar de obsessores, nem para ir para a colônia 'Nosso Lar' ou outra equivalente. O trabalho no bem, conforme estudamos na parábola dos dois filhos, serve para que o indivíduo volte à dignidade de onde se afastou, transmutando o conflito necessário causado pela indiferença, pelo egoísmo e pelo egocentrismo do passado".

Essa última frase, por mim sublinhada, vem de encontro ao que sabemos ser a resposta para a pergunta formulada no título deste texto: O que leva a pessoa a fazer a caridade?

Ainda assim recorri, à título complementar, ao significado da palavra no Wikipédia: caridade (latim caritate: amor ao próximo, benevolência, compaixão.

A definição à luz do catolicismo classifica "a caridade como a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus.  Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei. A caridade é 'o vínculo da perfeição' (Col 3,14) e o fundamento das outras virtudes, que ela anima, inspira e ordena: sem ela 'não sou nada' e 'nada me aproveita' (Cor 13,1-3)".

Segue a explicação no Wikipédia:

"O diferencial proposto pelo Espiritismo é conceder a caridade como um dever natural decorrente da própria natureza e da ordem das coisas ao invés de mais um ensino moral. Entendendo o espírito que já passou e passará pelas mais diversas situações em diferentes encarnações no caminho da evolução, qualquer prejuízo que gere a outrem será um prejuízo causado contra si, de forma contrária, qualquer auxílio prestado a outrem será também um auxílio prestado a si. Todos esses exemplos mostram que a caridade forma um ciclo virtuoso de progresso geral e traz para o campo científico-filosófico o que era apenas matéria religiosa".

Estaremos nós preparados para a prática do verdadeiro "sentido" da caridade?!Ou continuaremos em busca de "respostas" para as nossas aflições, sofrimentos, decepções e conflitos existenciais recorrendo à prática continuada ou esporádica da caridade pelo temor dos "senões" e não pelo AMOR à Deus, a nós mesmos e ao próximo?!...


Alírio de Cerqueira Filho, Saúde Existencial o despertar para a essência da vida, 2010, ebm editora
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caridade

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Aprender a "dar colo" a si próprio

Nos últimos tempos, uma grande reviravolta se instaurou no correr dos dias que, inevitavelmente, passam sem esperar que eu possa concatenar os pensamentos, expurgando os indevidos, aqueles que povoam pela manhã minha mente e, infalivelmente à noite lá encontram novamente abrigo. Tenho me esforçado imensamente para entender o que esses pesares, essa dor e sofrimento veio me ensinar. Como sempre disse, me considero uma aprendente da vida. Nada sei. Com espírito aberto aos sinais, observo que, nesta fase, tudo que mais amo se afastou para dar "alguma" aprendizagem ao meu espírito. 

"Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pode ser, e é tudo".
                                                
"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente". 

Aqui, me revejo na poesia de Fernando Pessoa. Tudo que sinto, neste momento, perambula por entre esse intrincado jogo das palavras que expressam sentimentos que de tão profundos chegam a se confundir com a própria essência. 

Minha "amiga" Alexandra - que há anos procuro me inteirar das suas experiências com Jesus - hoje me presenteou com estas palavras "uma das coisas que vimos fazer à Terra, paralelamente a 'sermos quem somos', é 'dar-nos colo', isto é, completarmo-nos a nível energético. Não precisar ou não depender do colo de ninguém. E este conceito de que as pessoas têm que se dar colo, isto é, têm que se dar amor, proteção e aceitação de si próprios, é uma das coisas mais difíceis de alcançar".

Tenho atualmente a plena convicção que deixei de "dar colo" a mim mesma. Procuramos o colo das pessoas que mais amamos e o que sucede? Decepção, tristeza, sofrimento, dor e profundas mágoas geradas pela incompreensão do que acaba nos acontecendo...e tudo se vira às avessas...
Passamos a vida a projetar tudo fora de nós mesmos, no Outro.

Jesus responde:

- "O colo que vocês conhecem é o colo do Céu. É o colo infinito e incondicional. Mesmo que a vossa mãe dê muito colo, nunca terão a sensação de absoluto. E essa sensação de absoluto não existe aí em baixo porque a vida pede Conexão, a vida pede que vocês se liguem cá acima, ao Céu. E realmente ligar-se ao Céu é a forma mais forte de aprender a dar colo a si próprio. Abre o teu canal, sobe, e vem buscar colo ao Céu. Vem buscar o mesmo colo que tinhas entre vidas. É por isso que as pessoas que meditam são tão tranquilas, são tão calmas. Porque esse vazio emocional do amor, aceitação e proteção, quando vocês vêm cá acima em Meditação começa a ser colmatado".
Ouvindo as palavras de Jesus consigo perceber o quão necessário se faz a ligação na verticalidade com o Pai para deixarmos de "esperar" do Outro aquilo que ele não está preparado nem desperto para dar - o colo. Essa espera infrutífera pelo "colo" que o Outro não nos dá gera, como diz Pessoa: 

 "Há doenças piores que as doenças"


Fernando Pessoa, Antologia poética, Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses
Projeto Alexandra Solnado